As declarações do senador Roberto Rocha (PSB-MA) ao sistema de comunicação do grupo Sarney demostram que não é tão monolítico com quer parecer ser o grupo político do governador Flávio Dino (PCdoB). Está distante também a tal sedimentação da base partidária da governabilidade, como afirmou o chefe do executivo na convenção do PDT.
"As soluções para os problemas da capital não devem ser pensados somente de olho no calendário eleitoral, a exemplo de ações de asfaltamento e tapa-buracos feitas somente às vésperas das eleições", assinalou Rocha em entrevista ao Sistema Mirante. O alvo da crítica é o programa Mais Asfalta, principal ação da parceria do governo do estado e prefeitura de São Luís.
Rocha tem pregado, sempre que tem chance, autonomia. Se considera um líder legitimado pelo mandato de Senado. A ausência do senador nos eventos políticos e administrativos do governo Flávio Dino é óbvia.
Ex-prefeito de São Luís que chegou ao Senado graças a um acordo firmado lá atrás na estratégia de derrotar o prefeito João Castelo, tucano como foi o senador, Rocha tem um sistema de comunicação poderoso que inclui emissora de rádio e televisão alinhado com a Universal.
O senador garante que o PSB terá candidato a prefeito nas eleições de 2016. O nome de Bira do Pindaré aparece com chances de se viabilizar pelo histórico desempenho eleitoral que o deputado estadual licenciado e secretário de Ciência e tecnologia obteve nas últimas eleições. Bira é um nome leve que não carrega a nódoa do PT nacional e nem a pecha do estadual cooptado pelo grupo Sarney, sem expressão eleitoral.