Há dois anos, o cantor e compositor maranhense Lourival Tavares fez uma revelação bombástica:contou ao dono da loja/selo Baratos Afins, Luiz Calanca, que quando vestiu a farda da 1ª Companhia do Batalhão de Engenharia e Construção do Exército, em Santa Inês, recebeu instruções para matar o guerrilheiro José Genoíno. A conversa foi na Galeria do Rock, no centro velho de São Paulo, endereço de Lourival desde a década de 80.
Essas e outras histórias Lourival Tavares deve contar no show de lançamento de "Enluarado", oitavo CD da carreira do artista, nesta sexta-feira no Teatro Cidade de São Luís (antigo Cine Roxy - Beco da Sé, Centro), às 21 horas. No palco estará acompanhado pelo instrumentista Marcos Lussaray.
A armadilha seria o repertório de Geraldo Vandré. Do compositor-símbolo do período da ditadora, Lourival canta "Pequeno concerto que virou canção". Lourival não matou Genoíno, ex-presidente nacional do PT e ex-deputado, que cumpre pena de 4 anos e oito meses por corrupção no processo conhecido como "Mensalão do PT". Deixou de ser o Soldado 567 e passou a atuar nos palcos. Se radicou em São Paulo, estado que reelegeu o deputado petista entre 1982 e 2002, voltando a se eleger em 2006, sendo reeleito em 2010.