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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Documentário sobre Dominguinhos estreia em 22 de maio

   
    O filme Dominguinhos, que estreia em circuito em 22 de maio, tem sessão especial nesta quarta, 30, no Museu da Imagem e do Som (Av. Europa, 158), em São Paulo. Após a exibição do longa dirigido por Joaquim Castro, Eduardo Nazarian e Mariana Aydar haverá um debate sobre "Cinema Brasileiro e Imagens de Arquivo". Com mediação de Deborah Osborn, produtora do filme, o debate contará ainda com a presença de Joaquim Castro (um dos diretores e montador do longa), Marcelo Machado (diretor de Tropicália), Eloá Chouzal (pesquisadora de imagens, trabalhou nos dois docs citados) e José Maria Lopes (diretor do acervo da TV Cultura).
    Para Mariana Aydar, o filme revela "um Dominguinhos que pouca gente conhece: jazzista, improvisador, universal. "Virtuoso que nunca estudou música", diz Mariana, explicando seu interesse em realizar uma obra que homenageia um dos ícones da música brasileira. O projeto levou seis anos para ser realizado. A cantora menciona singularidades bastante marcantes na obra do exímio sanfoneiro: seu refinamento musical, sua universalidade. "Assim era Dominguinhos. Grande, muito grande. Simples, muito simples", diz ela.
    É por isso que o longa valoriza a experiência sensorial e cinematográfica e se aprofunda nos arquivos de imagem e fonogramas raros, numa viagem conduzida pelo próprio Dominguinhos. O espectador não vê músicos falando sobre Dominguinhos, mas sim o próprio músico falando de sua infância, do pandeiro como seu primeiro instrumento, dos onze dias de viagem entre Guaranhuns e o Rio (em 1954), de seu primeiro casamento, de sua parceria de vida e de música com Anastácia, sua segunda mulher, sua mescla de ritmos, de influências. Estão ali registros de Dominguinhos, um músico popular, mas que encanta os eruditos pelo virtuosismo e capacidade de improviso, que passou por todos os ritmos e tendências.