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quarta-feira, 26 de março de 2014

A título de esclarecimento à Prefeitura de São José de Ribamar

    Em nome da prefeitura de São José de Ribamar, a  assessoria de imprensa do prefeito Gil Cutrim, de maneira incoerente "exige" o restabelecimento da verdade sobre o post deste blog intitulado "Educação no Maranhão: estudantes são transportados em carroças em São José de Ribamar" (confira aqui)".
    O bom jornalismo exortado pelo assessor Gláucio Ericeira - também assessor comissionado do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, TCE-MA, presidido pelo conselheiro Edmar Cutrim, pai do prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim  -, refuta a informação, postada neste diário virtual e pessoal com ilustrações de imagens verídicas colhidas no dia 17 de março de 2014; com argumentos e fotos de uma verdade postiça, costumeiramente apresentadas aos cidadãos maranhenses em campanhas institucionais de governos igualmente artificiais. São peças especialmente elaboradas e dirigidas para a faixa de público com menor renda e instrução. Isso não significa que tenha baixo custo aos cofres públicos.
     A postura do assessor é usual no grupo político que há décadas a fio, que de maneira cruel e descarada mascara uma verdade medonha que campeia neste Estado de privações crônicas, notoriamente em relação aos pobres e não apaniguados pela seita sarneysta. Fariseus autênticos cultuam o pensamento monolítico: a maldade está nos outros que contestam a verdade ímpia apregoada às custas do erário. Maldosos são, portanto, todos aqueles postados fora da órbita de interesses oligárquicos que atualmente se projeta na candidatura do ex-prefeito de São José de Ribamar, Luiz Fernando Silva.
    As motivações políticas no Maranhão há tempos sepultou o bom jornalismo nas redações e se replicou em outras esferas da mídia. O marketing político dos governos e os interesses mesquinhos dos dirigentes das empresas e profissionais destas sobrepujaram paulatinamente aquilo que se definia como redação. 
    A relação imediatista entre empresas jornalísticas e governos no Maranhão, assim como em vários rincões deste país, derrubou os últimos limites comerciais que preservavam a informação isenta. Ao mesmo tempo foram se diluindo os limites da veracidade. Assusta que ainda não foi à rodo a credibilidade e o respeito reclamado pela imprensa no mundo inteiro.
    A insensibilidade e encastelamento daqueles que detém o poder no Maranhão os conduziram a um estado alterado de percepção da realidade. E, São José de Ribamar, não obstante toda sua áurea religiosa, não está isento deste mal.
    Contumazes deformadores de uma verdade abominável, o grupo ao qual pertence o prefeito Gil Cutrim e o ex-prefeito, acreditam possuir o poder da inoculação universal. Achar normal crianças aboletadas em carroças vestidas em uniforme escolar, nos remete ao torpe pensamento externado pelo senador João Alberto quando declarou que casa de taipa no Maranhão era um traço cultural irremovível. Essa, porém, é a visão de futuro que a assessoria e a prefeitura compartilha para as crianças pobres ribamarenses. 
    Não é com contestações desta natureza que os integrantes do grupo político do Senador Sarney vão reverter sua linha declinante. Seus discípulos à soldo continuam cultivando um mundo arcaica, decrépito e inaceitável sob quaisquer circunstância. Neste espaço o direito de resposta é exercido quando suscitado. Por último, convoco como cidadão:com a palavra a promotoria da infância do município de São José de Ribamar.

PS- A assessoria de imprensa apega-se a um equívoco de denominação da escola que estampa o nome José Sarney como item de contestação de uma verdade. Na verdade, como esclarece a assessoria, a escola se chama Escola Municipal Reunida Governador José Sarney ou simplesmente Escola Sarney, de onde são egressos esses políticos que travam o Maranhão desde meados do século passado.
Deixo de publicar neste espaço a nota de esclarecimento/ direito de resposta enviado pela Assessoria da Prefeitura de São José de Ribamar por acreditar estar no exercício do legítimo direito de cidadão, reconhecendo que não há no texto postado nenhum menção injuriosa ou difamatória contra a administração municipal ou seu gestor. Daí ser esta uma prerrogativa que usufruo.