Logomarca do golpe em mais de 30 mil consumidores no MA
Segunda cidade do Maranhão, Imperatriz conta com uma rede de saúde
privada tão precária quanto a pública. Paço do Lumiar, o município
localizado na região metropolitana de São Luís a precariedade vai além dos
leitos hospitalares. Está em tudo. Ninguém nasce ali, a não ser pelas mãos de
parteira. Não há sequer uma maternidade.
Mais de 30 mil consumidores há mais de 120 dias estão à mercê das
negociações entre ANS e planos de saúde intermediada pelo Ministério Público
Federal. No último lance, um Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta (TCAC)
que se esperava atacar de vez o problema, suscitou mais angústia e incertezas
labirínticas entre os "beneficiários".
Há incompatibilidade generalizada entre preços e cobertura dos planos
ofertados pela ANS para recebimento da portabilidade extraordinária, e os
consumidores com contratos feitos com a quase extinta Unimed São Luís.
A desinformação entre operadoras e consumidores somente beneficia a
extinta Unimed São Luís, institucionalizando a lesão aos que possuem contrato
em suspensão com a operadora.
Tão doentia é a artimanha com intenção burlesca de ganho pecuniário que
atinge até mesmo a procuradora do Ministério Público Federal, Ana Karízia
Távora Teixeira Nogueira. Cética em relação à aplicação de leis no Maranhão, a
procuradora chegou a posar para foto no Rio de Janeiro na
"solenidade" de assinatura do TAC. Neste ínterim, tomou conhecimento
que planos como a Unimed Imperatriz, opção oferecida pela ANS, capenga na
cobertura em São Luís não extrapolando os limites do estado. Portanto, exclui
os consumidores com contrato que os garantia cobertura nacional.
A saga cruel dos consumidores segue uma novela de desamor à vida
perpetrado por uma agência reguladora que chega ao cúmulo de fazer propaganda
da satisfação dos consumidores em seu portal.
Os
sintomas da anomalia da ANS se manifestaram no escritório montado pela agência
sob o argumento de resolver a situação dos beneficiários da Unimed São Luís.
Nas dependências da agência, vendedores de planos propagandeavam seus
benefícios aos desesperados sob os olhos vendados, não se sabe sob qual valor,
dos funcionários deslocados para o Maranhão à custa de diárias pagas pelo
erário. Para estes, bem que Pedrinhas poderia servir como resort.