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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Humor e rubor em noite de gala do FEstival VIVA

   
Nan Souza (de costa) entrega cota do imortal Alex Brasil

    O maestro sorri amarelo inclinando-se para frente, impulsionado pela força do tapa no ombro. Sacode a cabeça, como que assentindo as verdades propaladas pelo orador,o mesmo que lhe aplicou a pancada brincalhona, mas sorrateira. Insiste o orador, a pegar-lhe o braço, como a confirmar suas verdades anunciadas. Sorriso congelado, o maestro lança um olhar encabulado para a plateia inerte diante da oratória fadigante. Parceiros da fileira do lado esquerdo do palco estampam constrangimento.
    "Esse poeta negro de Caxias está sendo reconhecido por mais de 50 universidades dos Estados Unidos" exalta o orador referindo-se a Salgado Maranhão. "Caetano, Gil, Chico Buarque toda essa raça veio de festivais", afirmou elegante o tal. Entre essas e outras frases lapidares o vice-presidente do São Luís Convention e Visitors Bureaux, Nan Souza se superou no lançamento do CD e DVD do Festival Viva 400, patrocinado pelo Banco da Amazônia e Vale.
Cláudio Lima interpreta"Rosa dos ventos", melhor música e intérprete
    O maestro no caso é Alberto Dantas, ex-diretor do Departamento de Assuntos Culturais,DAC, da Ufma. Por longos minutos, Nan Souza confessou que temendo a violência optou por realizar o revival do Viva no Ceprama, discorreu sobre o mega projeto bancado pelo Basa do acervo de 400 músicas maranhense reunindo em um álbum com partitura, e digrediu sobre a importância do evento. Exalou preconceito, além do expressado em relação ao Salgado Maranhão, com o reggae reclamando o papel propulsor da carreira de Fauzy Beydoun a partir do festival, e outras amenidades.
    Empolgado até o último cabelinho do terno mal ajambrado, Souza mandou colocar cadeiras extras no Teatro Alcione Nazaré para esperar o público que projetava numeroso. Infelizmente, pouco mais de cem pessoas foram prestigiar o espetáculo. O elenco de clientes vips ficou restrito ao diretor-presidente do Boi Barrica, Zé Pereira Bucão.
    Desprestigiado até pela presidente do Convention, Marizinha Raposo, Souza prosseguiu improvisando um mestre de cerimônia na entrega simbólica da cota do material aos participantes classificados. Nem o equilíbrio belo e elegante da apresentadora Cecília Leite, devidamente vestida à caráter para a noite, evitou mais uma cena ruborizante: o imortal poeta Alex Brasil pediu para subir ao palco como co-autor da música "Me guarde". sincera, Cecília informou: o poeta quer subiu ao palco.
    Isso tudo após atraso de uma hora do início do espetáculo.

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