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domingo, 10 de novembro de 2013

PT deve reeleger Rui Falcão e terá briga dura em seis Estados

Favorito, atual presidente vai coordenar a campanha de Dilma
Resultado de disputas internas estaduais indicarão caminho de petistas na montagem de palanques para 2014
(DIÓGENES CAMPANHA)DE SÃO PAULORANIER BRAGONDE BRASÍLIA
O PT deve reeleger hoje o deputado estadual de São Paulo Rui Falcão como presidente nacional da sigla. Ele continuará à frente do partido pelos próximos quatro anos e vai coordenar a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, em 2014.
O paulista tem cinco concorrentes na disputa interna, chamada de PED (Processo de Eleições Diretas), mas é o candidato do grupo majoritário da legenda e tem o apoio de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O dirigente já vem se ocupando da pré-campanha da presidente: é um de seus interlocutores nas discussões sobre estratégias para o governo e o PT.
Além do presidente nacional, o partido também elegerá a partir de hoje (pode haver segundo turno, no dia 24) seus dirigentes regionais, em disputas cujos resultados darão um forte indicativo sobre o caminho que os petistas irão seguir nas corridas aos governos estaduais em 2014.
Alguns arranjos locais também também contaram com a articulação de Lula. Em São Paulo, seu candidato é Emidio de Souza, que espera ser eleito com até 70% dos votos.
Ele coordenará a campanha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo do Estado, considerada estratégica para garantir boa votação para Dilma no maior colégio eleitoral do país.
Em pelo menos seis Estados o clima está conflagrado: Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Maranhão, Amazonas e Rio Grande do Sul. Alguns dos embates reproduzem o racha interno observado nas últimas eleições.
Em Pernambuco, por exemplo, a disputa replica o que ocorreu em 2012, quando o então prefeito de Recife, João da Costa, teve sua candidatura à reeleição barrada pela cúpula nacional. O candidato acabou sendo o senador Humberto Costa, que ficou em terceiro na eleição.
O grupo de João da Costa tenta emplacar na presidência a deputada estadual Teresa Leitão. Os aliados de Humberto Costa trabalham por Bruno Ribeiro.
A vitória da primeira ala reforça a tendência de uma candidatura própria ao governo em 2014. Se a segunda vencer, ganha peso o grupo que defende o apoio ao senador Armando Monteiro (PTB).
O Estado é acompanhado de perto pela cúpula petista por se tratar do reduto eleitoral do governador Eduardo Campos (PSB), ex-aliado e agora adversário de Dilma.
Em Minas Gerais, a eleição também reedita o antigo racha entre os grupos do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), que deve ser o candidato do partido ao governo, e do ex-prefeito de Belo Horizonte Patrus Ananias.
Apoiada pelo grupo de Patrus, Gleide Andrade tentará levar o comando regional do PT concorrendo com o deputado Odair Cunha, ex-aliado de Patrus e que agora fechou com Pimentel, um dos ministros mais próximos de Dilma.