Segundo a denúncia, vereador teria recebido quatro
cheques para tirar licença e deixá-la no mandato por quatro meses. Mas voltou
antes do prazo
A reclamação contra a quebra de acordo na Câmara
Municipal de Santa Quitéria, a 222 km de Fortaleza (CE), revelou o que pode ser a
negociação de compra e venda de mandato parlamentar. O pagamento, de R$ 5 mil,
teria sido feito, mas a “mercadoria” não foi entregue conforme o combinado.
Segundo denúncia, a suplente Sandra Braga (PTB)
teria pago para assumir, durante quatro meses, a vaga do vereador Charles
Padeiro (PTB). Em discurso na tribuna da Câmara, no último dia 25, a suplente
disse que o vereador pediu licença do cargo após receber o pagamento em quatro
cheques, assinados pelo marido dela. Com a licença, ela assumiu a vaga na Casa.
Da tribuna, Sandra afirmou que o vereador Charles
Padeiro não cumpriu o trato e pediu o mandato de volta antes do tempo combinado
- faltava ainda pouco mais de um mês para o fim do prazo de quatro meses.
O vereador Charles se recusa a falar sobre o assunto. Segundo o marido de Sandra, ela estaria viajando, e não quis se pronunciar. Acrescentou, porém, que a esposa dará as explicações
quando retornar.
“Tanto a suplente quanto o vereador Charles
mancharam e vão ficar manchadas suas histórias politicas. Esse é um caso de
corrupção ativa e deve haver uma investigação”, cobrou o vereador Algacy Filho
(PMDB).
Investigação
A assessoria do presidente da
Câmara, Miúdo (PSC), informou que ele tomará as medidas para instaurar
investigação. Só após as medidas ele falará com a imprensa.
O Ministério Público recebeu representação sobre o
caso, mas o material ainda não foi apreciado pelo promotor.
De O Povo