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domingo, 18 de agosto de 2013

Sarneyzar é popularizado como sinônimo de vira-casacas em O Estado de S. Paulo

    Em artigo publicado sob o título "Surdo como um gênio", no caderno Aliás de O Estado de São Paulo (edição de 11.08.2013), José Luiz Sampaio conjuga o verbo "sarneyzar" com o significado de vira-casaca para se dar bem.
    O artigo aborda a obra de Ludwig van Beethoven, compositor de nove sinfonias que ganhou "rave" de quatro concertos, reunindo as nove sinfonias composta pelo músico, que será transmitida em cadeira nacional no mês de setembro pela TV Cultura.
    Beethoven dedicou a Sinfonia nº 3, a Eroica, a Napoleão Bonaparte, que estreou em 7 de maio de 1824. Depois "desdedicou". Condenado à surdez, compôs os últimos quartetos de cordas e as sonatas para o piano da Nona Sinfonia (aquela do tchan-tchan-tchan-tchannnn) sem nunca ouvi-los. Isso tudo no início do século XIX. Os primeiros quatro acordes da Nona viraram tema de livros.
    Aliás, Beethoven é campeão em termos de gravações e livros. Na literatura o conto "Beethovem era 1/16 preto", da escritora sul-africana Nadine Gordimer. É um parábola sobre os vira-casacas.
    Segundo o artigo de José Luiz Sampaio "Durante os duros anos do racismo no país, os negros queriam ser brancos para se darem bem; com a reviravolta comandada por Mandela, os brancos é que escarafuncharam seu sangue buscando um tiquinho de negritude para sarneyzar com o novo regime".