Paraíso sitiado: Eles estão em perigo
Bravos e vulneráveis, os índios Awá resistem no que resta de Floresta Amazônica no Maranhão. As terras indígenas, que também formam a Reserva Biológica de Gurupi, são o alvo da cobiça de madeireiros e grileiros, e a devastação já destruiu um terço do lar desse povo, considerado o mais ameaçado do mundo. Eles foram contatados a partir de 1979, a ampla maioria não fala português e alguns continuam fugindo. A terra que ocupam já foi demarcada e homologada. Chegou o momento da retirada dos não índios. Um dos líderes da aldeia Juriti, Piraíma'á avisa: “Os madeireiros estão matando as árvores. Vão nos matar. Vou resistir, tenho coragem." Os Awá, um dos últimos povos caçadores e coletores, creem que a morte da floresta será o fim da vida na terra e no céu, por isso o desmatamento assume contornos apocalípticos. Essa história começa a ser contada hoje por Míriam Leitão e pelo fotógrafo Sebastião Salgado