BRASÍLIA - A escapadela de Dilma Rousseff na
garupa de uma moto Harley-Davidson pelas ruas da capital da República fez mais
pela humanização da petista do que todas as outras tentativas em propagandas e
discursos oficiais gravados com câmeras e efeitos de cinema. Quem nunca pensou
no meio da rotina diária em dar uma fugida, fazer algo fora da caixinha?
O curioso é que Dilma reagiu mal à notícia
desencavada por Valdo Cruz e Andréia Sadi, na Folha de ontem. A presidente
teria ficado irritada com a indiscrição do ministro Edison Lobão (Minas e
Energia), a fonte da informação. Para sorte da petista, esses seus acessos de
mau humor não são vistos pelo público.
É comum em Brasília trombar com políticos,
ministros e autoridades passeando no Parque da Cidade, na região central, no
shopping, no supermercado ou no cinema. É claro que a presidente também pode e
deve socializar mais, apesar das dificuldades inerentes ao cargo.
Em Nova York, o prefeito e milionário Michael
Bloomberg já foi ao trabalho usando o metrô. O primeiro-ministro da Noruega,
Jens Stoltenberg, dirigiu um táxi recentemente --embora alguns passageiros
tenham sido selecionados para a ocasião.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco
Aurélio Mello pilota uma moto Kawasaki de 1.500 cilindradas. O ex-presidente
Itamar Franco (1930-2011) usava um Fusca para passear com a namorada. Há muitos
outros exemplos. As autoridades fazem bem quando se deixam ver como são pelos
brasileiros.
No caso de Dilma, o que mais se ouve de sua
rotina é sobre sua dureza no trato e a tendência a ficar reclusa no Alvorada.
Sair do conforto palaciano sem uma comitiva atrás é bom para a petista, mas
também para a administração que ela conduz. Afinal, o Brasil real está nas
ruas. É útil a presidente vê-lo da garupa de uma moto, e não de dentro de um
carro blindado e com ar-condicionado. BRASÍLIA - A escapadela de Dilma Rousseff na
garupa de uma moto Harley-Davidson pelas ruas da capital da República fez mais
pela humanização da petista do que todas as outras tentativas em propagandas e
discursos oficiais gravados com câmeras e efeitos de cinema. Quem nunca pensou
no meio da rotina diária em dar uma fugida, fazer algo fora da caixinha?
O curioso é que Dilma reagiu mal à notícia
desencavada por Valdo Cruz e Andréia Sadi, na Folha de ontem. A presidente
teria ficado irritada com a indiscrição do ministro Edison Lobão (Minas e
Energia), a fonte da informação. Para sorte da petista, esses seus acessos de
mau humor não são vistos pelo público.
É comum em Brasília trombar com políticos,
ministros e autoridades passeando no Parque da Cidade, na região central, no
shopping, no supermercado ou no cinema. É claro que a presidente também pode e
deve socializar mais, apesar das dificuldades inerentes ao cargo.
Em Nova York, o prefeito e milionário Michael
Bloomberg já foi ao trabalho usando o metrô. O primeiro-ministro da Noruega,
Jens Stoltenberg, dirigiu um táxi recentemente --embora alguns passageiros
tenham sido selecionados para a ocasião.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco
Aurélio Mello pilota uma moto Kawasaki de 1.500 cilindradas. O ex-presidente
Itamar Franco (1930-2011) usava um Fusca para passear com a namorada. Há muitos
outros exemplos. As autoridades fazem bem quando se deixam ver como são pelos
brasileiros.
No caso de Dilma, o que mais se ouve de sua
rotina é sobre sua dureza no trato e a tendência a ficar reclusa no Alvorada.
Sair do conforto palaciano sem uma comitiva atrás é bom para a petista, mas
também para a administração que ela conduz. Afinal, o Brasil real está nas
ruas. É útil a presidente vê-lo da garupa de uma moto, e não de dentro de um
carro blindado e com ar-condicionado.