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segunda-feira, 27 de maio de 2013

24ª edição do Festival de Música de Pinheiro será aberto para outros estados e fará tributo à "Coxinho"

     A Fundação Cultural Pinheirense, (FCP), mantêm  abertas até dia 30 de junho, as  inscrições para a 24ª edição do Festival de Música de Pinheiro (Fesmap), que acontecerá no segundo semestre deste ano, com o tema –  Fesmap Ano 24 Canta meu Nordeste “Tributo à Coxinho”.
    Durante 23 anos, o Fesmap tem revelado novos talentos, abrindo espaço para músicos iniciantes, valorizando profissionais já conhecidos no mercado e reconhecendo grandes intérpretes. No entanto, o público de outros estados também sinalizava o desejo de participar do evento, por isso, a coordenação abriu desde o ano passado, inscrições para artista de todo o Nordeste.
    “Em função da importância do Festival e de seu fortalecimento, percebemos que artistas de outros estados, mostravam interesse em participar, por isso, resolvemos  regionalizá-lo”, destaca  Valdomiro Magno Soares, coordenador do Fesmap.
Oficinas
Como parte do evento, desde o ano passado, a FCP realiza paralelo  ao Festival, diversas oficinas culturais. Música,  canto, percussão, artesanato, artes plásticas e capoeira estão incluídas na programação e  são realizadas nas escolas públicas. Segundo o criador e organizador do Festival, Valdomiro Magno Soares, uma forma de envolver os jovens pinheirenses no processo cultural da cidade.
    Também na oportunidade,  a FCP realiza concurso de redação com o tema relacionado ao Festival. Os autores das vinte melhores redações recebem como premiação, violões e seis meses de aulas gratuitas em escola local.
    Para os interessados, o regulamento do Fesmap Ano 23 Canta meu Nordeste, “Tributo a João do Vale” já está disponível no site da Fundação Cultural Pinheirense (www.fesmapfcp.com.br). As inscrições podem ser feitas gratuitamente no próprio site até o dia 30 de junho. Mais informações sobre o festival pelos telefones (98) 8813-5998 / 8163-9260 ou pelo e-mail fesmap@hotmail.com
Festival
O Fesmap  surgiu em 1980, com o intuito de  promover intercâmbio artístico  e cultural entre os artistas pinheirenses. Porém, mesmo com pouca estrutura e apoio, houve um crescimento significativo, tornando-o em pouco tempo,  em um evento estadual. Todos os anos é  realizado na Praça José Sarney, no centro da cidade de Pinheiro (MA) e envolve artistas de diversas regiões do estado. A organização do Festival premia os três melhores colocados e o melhor intérprete.
    A comissão julgadora será formada por nove personalidades maranhenses das áreas da música, literatura, jornalismo e artes em geral, que estão sendo escolhidos a dedo pela organização do evento.  O júri técnico realizará o trabalho de análise das composições nos critérios letra, melodia, arranjo, harmonia e interpretação.
    A Fundação Cultural Pinheirense colocará à disposição dos participantes uma banda para ensaios duas semanas antes do festival, numa forma de apoiar os inscritos com dificuldade de logística no transporte de seus músicos.
Homenagem
Durante os  23  anos de sua realização,  o Fesmap, homenageou diversos artistas maranhenses. Este ano, é a vez do cantador Coxinho, ou Bartolomeu dos Santos, considerado um dos nomes mais expressivos da cultura popular do Maranhão.
    Natural da Baixada Maranhense, vem à luz em 24 de agosto de 1910, no lugarejo Fazenda Nova, nas proximidades de Lapela (considerado um dos maiores redutos de afrodescendentes no município de Vitória do Mearim). Sua estreia como cantador de Boi dá-se em 1924 (ano marcado por uma das maiores enchentes no Estado), no seu município de origem, aos 14 anos.
Por mais de 30 anos dedicou sua vida ao Boi de Pindaré, que fundou, juntamente com João Câncio, em 1960. Mas a paixão pela maior manifestação popular do Maranhão nasceu antes disso, quando começou a cantar no Boi de Viana, do Caratatiua.
    Coxinho morreu em 1991, ainda como amo principal do Boi de Pindaré, aos 81 anos, e é considerado uma das maiores vozes do Bumba-meu-Boi do estado no sotaque de Pandeirão, e autor da toada ‘Urrou do Boi’, de 1972, e que hoje é o Hino Cultural e Folclórico do Maranhão.