Palteia aplaude Garota Safada, atração em Bacuri |
Há algum tempo os prefeitos do Maranhão encontraram a fórmula perfeita de agradar a população desviando recursos. Antes mesmo de assumir o mandato, os contratos com as grandes produtoras de shows estão fechados. Há rastros históricos de empresas com atuação no estado do Maranhão que negociavam com então candidatos licitações garantidas para fornecimento de merenda escolar e medicamento.
Embora nada tenha de genuíno, na medida em que no Nordeste a prática é empregada largamente, no Maranhão houve esmero da prática. A começar da capital, local de concentração de grande parcela da inteligentzia (classe intelectual) e eleitores esclarecidos. Por aqui, tem sido rotineira a contratação de shows sem licitação a peso de ouro. As centrais de produção estão a postos. Existe sempre alguma com transversalidade no governo do estado ou prefeituras.
Como exemplo mais recentes teremos neste carnaval mais um estripolia do Marafolia - sob um manto qualquer legal - que, captando recursos via Lei de Incentivo à cultura , realizará a tal mistura na Praça Deodoro.
Tamanha mistura fez governadora Roseana Sarney cometer ato falho durante entrevista coletiva na semana passada ao afirmou que o estado não terá gastos com esses shows das estrelas e que "nós buscaremos junto à iniciativa privada o financiamento para custear os cachês".
Sem parâmetros quantitativo ou qualitativos, estes shows ficam à mercê do produtor do artista e da negociação com os patrocinadores. No caso da mistura, será a renúncia fiscal do estado que custeará o "nós" do Marafolia para trazer Jorge Ben Jor, Timbalada, Diogo Nogueira e a "estrageira" Alcione.
Tamanha mistura fez governadora Roseana Sarney cometer ato falho durante entrevista coletiva na semana passada ao afirmou que o estado não terá gastos com esses shows das estrelas e que "nós buscaremos junto à iniciativa privada o financiamento para custear os cachês".
Sem parâmetros quantitativo ou qualitativos, estes shows ficam à mercê do produtor do artista e da negociação com os patrocinadores. No caso da mistura, será a renúncia fiscal do estado que custeará o "nós" do Marafolia para trazer Jorge Ben Jor, Timbalada, Diogo Nogueira e a "estrageira" Alcione.
Longe da capital, nos rincões onde a carência é cotidiana, a prática tem prosseguimento sem qualquer incômodo por parte do ministério público. Prefeituras de municípios minúsculos como Bacuri, por exemplo, se espelham no mau exemplo e botam para quebrar, promovendo festa às custas do sacrifício do erário e das prioridades administrativas.
Este ano, no município que tem São Sebastião como padroeiro, prefeito Baldoíno (PP) inaugura sua administração promovendo festa sem licitação. Tendo como principal atração a banda de forró Garota Safada, Baldoíno dá uma de Wesley Safadão. Agrada sem dizer quanto custa. Em 20 dias de administração Baldoíno movimentou no caixa R$ 504.074,70, diferença entre débido e crédito
Na hora dos noves foras, zeros sobram para a saúde, educação, quando não migalhas para manter aparências institucionais.
REPASSES PARA BARUCI EM 2013
Débito Benfício - R$ 439.973,87
Crédito Benefício-R$ 943.048,57
Total de repasses - R$ 504.074,70