BRASÍLIA, 22 JAN - A diretoria da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira o adiamento do
cronograma de três usinas termelétricas da MPX Energia, que juntas terão
capacidade de 1.045 megawatts (MW).
Em todos os casos, a Aneel concordou com o argumento de que o atraso
foi causado pelo próprio poder público, que estourou o prazo para a
emissão das outorgas dos empreendimentos, comprometendo em cadeia todo o
calendário.
A Aneel acatou o pleito da empresa de postergar de primeiro de
janeiro para primeiro de abril deste ano o início da operação comercial
das usinas termelétricas a gás Maranhão IV e Maranhão V, que somadas têm
potência de 680 MW.
Nesse caso, porém, o relator do caso na Aneel, o diretor Edvaldo
Santana, determinou que, após entrarem em operação, as duas térmicas
terão de gerar, sem interrupção, pelo mesmo tempo que durar o atraso,
até o limite de três meses.
Segundo o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, durante esse
período, o custo do combustível será arcado pela empresa. "Foi uma boa
solução para o consumidor", disse Hubner aos jornalistas.
A Aneel também autorizou o descolamento de primeiro de janeiro para
até 18 de maio do início da operação comercial da termelétrica a carvão
Porto de Pecém II, de 365 MW.
O governo conta com as térmicas da MPX para ajudar na recomposição
dos reservatórios das hidrelétricas e dar mais segurança ao fornecimento
de energia ao longo do ano
Da Reuters