O poeta maranhense Salgado Maranhão |
Maranhão nasceu em uma região do Brasil onde ele disse que "a única coisa que tínhamos em abundância era o sol. Ele cresceu ouvindo a mãe gostaria de convidar viajar falando sempre poesia em sua casa, como por tradição. Foi ela que o apresentou a poesia. Aos 15 anos, ele deixou sua casa e viajou para a capital da província onde aprendeu a ler e escrever. Lá, ele descobriu a biblioteca e começou a ler "grandes poetas do século 19 e 20 brasileiros e outros como Dante e Homero". Ele começou a escrever sua própria poesia, com 18 anos. As peças que ele e Levitin leram do "Sol sanguíneo" variam de memórias de infância e sua herança afro-brasileira a seus pensamentos sobre o consumismo, a perda do amor e narcisismo. Ele também leu um poema sobre sua mãe que ele trabalhou por 15 anos. Ouvir poesia expressa em Português e Inglês deu ao público a oportunidade de ouvir "a música de duas línguas", como disse Levitin. Em ambos, a linguagem poética foi primorosamente bonito, e todos os presentes parecia emocionado com as palavras do Maranhão. Durante as perguntas após a leitura, Maranhão disse que "nunca lhe ocorreu [que] seria tão fácil de encontrar uma audiência na América ... Para ver tantos jovens aqui para ouvir poesia, [é uma] indicação de que o mundo não está tão perdido. " Maranhão disse que acredita que "a poesia vem de [um] lugar, inconsciente profundo dentro de nós." Sobre o tema de traduzir sua poesia em Inglês, Maranhão disse que "considera o milagre da poesia ... escrito em uma língua tão distante do Inglês, [e] escrita em um gênero tão removida das normas da sociedade."
DELÍRICA III
Há um rasgo de arco-íris
entre meu cais
e a tua íris,
uma voragem de lâminas
e cetins.
Tramas tua química de azuis
em dorso esplêndido
rosnas a febre líquida
a inundar teus lábios ocultos.
O instinto fez-se mar revolto
e as convulsões de sangue e cio
acordam cavalos em teu haras.
Urge que o fogo avance os limites
urge que o tempo em temporal
desate a trama das águas.
DELÍRICA III
Há um rasgo de arco-íris
entre meu cais
e a tua íris,
uma voragem de lâminas
e cetins.
Tramas tua química de azuis
em dorso esplêndido
rosnas a febre líquida
a inundar teus lábios ocultos.
O instinto fez-se mar revolto
e as convulsões de sangue e cio
acordam cavalos em teu haras.
Urge que o fogo avance os limites
urge que o tempo em temporal
desate a trama das águas.