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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Diretor da TVE provoca ira dos servidores acostumados à sombra e água perrier

    O gerente regional da EBC e diretor de jornalismo da TV Brasil no Maranhão, Ebenézer Nascimento, enfrenta uma guerra interna na estatal. Desde que assumiu a direção da televisão, o diretor tenta dar ordem à casa com hábitos nada republicanos.
    Nos primeiros dias de trabalho, após constatar uma folha santa povoada de fantasmas, Ebenézer chamou à catraca os bonitinhos que recebiam dinheiro para nada fazer. Houve até mesmo um episódio antológico. Determinado fantasma apresentou-se ao diretor informando-o que estava em casa, mas pronto para atender qualquer chamamento ao trabalho. Sem cerimônia, o dito cujo considerava a situação nos conformes da normalidade funcional estabelecida na televisão da Empresa Brasileira de Comunicação. Fundada pelo então governador José Sarney a TVE era uma mãe para os asseclas do senador.
    Os servidores agora acusam Nascimento de assédio moral. Imputam a ele outras irregularidades na condução do cargo, como humilhações cotidianas e abuso de autoridade, entre outros resmungos. Apelam para os sindicatos e outros padrinhos mais influentes para manterem tudo como d´antes na terra de abrantes.
     Para quem estava acostumado a suspender o jornalismo em feriados, dias santos e efemérides quaisquer, o diretor jamais seria bem-vindo. Façam um teste meritório: peçam a esses vetustos senhores e senhoras para monstrarem seus contracheques sem descontos, que a coisa desanda é certo. Não entendem eles que o órgão é público, acostumados à confusão entre público e apaniguados.
    Na TVE a oligarquia Coelho compartilha o poder com outros renomados da nossa briosa sociedade. Há também alguns Launde que por décadas têm as mordomias custeadas pelo erário, sem dar expediente, e outros de nomes mais comuns. Pela janela entrou um feixe e uma carrada de "funcionários" que ali encontrou o nirvana. Que Ebenézer não é bom para eles, era de se esperar. Por outro lado, não custa estabelecer uma relação de urbanidade, já que de chibata o Maranhão está repleto.