Apontado como líder pela Econométrica na disputa pela prefeitura de Paço do Lumiar, o professor Josemar (PR) corre o risco de trilhar o mesmo caminho da prefeita Bia Aroso Venâncio(PSD), que recebeu um adereço emblemático da administração que a população luminense não vê a hora de encerrar. O espectro político sobre o qual se apoia a candidatura de Josemar tem matizes tradicionais e da denominada oposição ao poder oligárquico no estado do Maranhão. Daí as dúvidas sobre o futuro do município à beira da exaustão.
O deputado estadual Manoel Ribeiro(PTB) se enquadra no primeiro grupo. Amigo dileto e kamikaze do senador Sarney, Ribeiro teve participação efetiva na administração de Venâncio, a ponto de indicar a mulher para a secretaria de educação. Atritos de origens diversas e sem transparência provocou o rompimento do deputado que recebeu expressiva votação no município da região metropolitana de São Luís. Quando o barco começou a fazer água, Ribeiro pulou fora e passou a demonizar a prefeita, enredada até o último fio de cabelo em um esquema de corrupção milionária.
"Professor, eu vou lhe ajudar, eu quero apenas 12 vagas na coligação", registrou Ribeiro o apoio no pequeno expediente da Assembleia. Segundo o parlamentar, Josemar que é policial civil, vem fazendo campanha há oito anos. Se para isso manteve os gastos ostensivos da campanha deste ano, vencendo o pleito assume o mandato acossado por dívidas.
Na mesmo base de apoio à candidatura do professor Josemar está o socialista Othelino Neto (PPS), suplente de deputado estadual e ex-secretário de estado de meio ambiente na administração Jackson Lago. (2007-2009). Neto é voz contrária à oligarquia sarneysta.
Orbitam ainda nome não tão ortodoxo na candidatura de Josemar embalada no recorrente discurso da renovação, como o ex-prefeito Mábenes Fonseca, impedido por ficha aporcalhada, e o irmão Frank, candidato a vereador. Como companheiro de chapa o professor descolou um advogado da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, FAMEM, Marconi Lopes (PSL), ungido pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado, Edmar Cutrim.