O governo do estado faz de tudo para que a morte de paciente Pedro Pereira Linhares não seja atribuída aos solavancos que os enfermos sofrerão na operação improvisada subsequente ao incêndio do Hospital Dr. Carlos Macieira (nome do avô da governadora do estado) teria morrido. Credita o óbito à taxa rotineira da casa de saúde denominada pelo sistema como de atendimento a tratamento de alta complexidade. Reportagem da TV Mirante produzida para a Globo mostrou um paciente em sequenciais paradas cardíacas sendo atendido de forma rudimentar. A ancestral falta de equipamentos no hospital, como macas adequada para transportar pacientes lembrou o filme Maranhão 66, dirigido pelo cineasta baiano Glauber Rocha sob encomenda do recém-eleito governador José Sarney (1966-1970). O recall do tudo velho de novo.
Pelas condições das instalações expostas com o incêndio o mínimo a sucitar é a suspeição do tratamento oferecido pela unidade de saúde subtraída do servidor público em um processo nebuloso e autoritário. Construído no governo João Castelo no rol das obras faraônica realizada a toque de caixa e fundo perdido do período da Ditadura militar, o hospital reduziu o atendimento a quase zero para passar por uma reforma estrepitosa como parte da estratégia de marketing eleitoral na reeleição da governadora Roseana Sarney em 2010.
Esquisito é entender como uma obra de tamanha envergadura não tenha passada pela inspeção do corpo de bombeiros. A compreensão mais lógica está na arrogância do secretário de estado da Saúde, Ricardo Murad, senhor absoluto do governo.