Mundo, mundo, vasto é o mundo. Mais vasto é o coração e mente da escritora ribamarense Raimunda Frazão. Viúva do fotógrafo Moby, Raimunda é moradora de São José dos Índios, lugar dos índios, no município de São José de Ribamar, região metropolitana de São Luís (MA).
Intensificou sua produção literária após perder o companheiro. Publicou a duras penas um punhado de títulos e daí insistiu no passo até chegar a Paraty (Rio de Janeiro). Precisamente, na Feira Internacional de Livro de Paraty. Na Flip, que este ano homenageou o poeta de Itabira (MG) Carlos Drummond de Andrade.
Superou as pedras do caminho. Mesmo sem os apoios oficiais que servem somente para cristalizar os talentos abastados da classe idem – nem que seja com o dinheiro público, climatizado no ambiente oligárquico – Raimunda foi lá. Participou. Dividiu durante uma semana as pedras das ruas e o ar rarefeito que bafeja Paraty, inspirando palavras e letras, com ilustres das letras. Ombreou-se com nomes da estatura de Jhonathan Frazen para quem “os escritores são, de forma geral, muito invejosos”.
"Dona Raimunda sonha ser escritora", diz o repórter André Curvello no Jornal Hoje da Rede Globo. “É a semana da Flip por isso estou aqui. Hoje ela é para nós e não é só para ti”, verseja a escritora ribamarense Raimunda, nome próprio e coletivo das adversidades desse estado.
No átimo do jornal da televisão, Raimunda se projeta nesse vasto mundo da literatura. Autora do milleriano título “As aventuras de um cachorro viajante (2002)”, Raimunda Frazão retorna ao Maranhão para rimar, rimar nesse mundo de sete faces em busca de uma solução, ou ao menos deixar-nos comovidos como o diabo diante de seu ímpeto literário.
Assista aqui a escritora Raimunda no Jornal Hoje.