A convite da presidente Dilma Rousseff, segundo informou o próprio, o deputado estadual Bira do Pindaré (PT) esteve participando da cerimônica de posse dos sete membros da Comissão da Verdade, "marco na história do Brasil". Da cerimônia participaram além da presidente, os ex-presidente Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, "unidos com o punico propósito": revelar a verdade sobre os crimes cometidos durante a ditadura militar.
De acordo com Pindaré, no discurso da quinta-feira, 17, a comissão vai recuperar a memória de uma passagem triste da nose história que não pode se repetir, sem revanchismo ou vinganças.
O deputado pertence a ala petista que faz oposição ao PMDB do grupo Sarney no Maranhão. Pelo menos na assembleia anunciou que está preparando "pedido" para que seja constituída a Comissão Parlamentar da Verdade na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Bira do Pindaré solicitou ainda que o discurso regado a lágrimas da presidente fosse incluído nos anais da Casa. Pacifiou no discurso o exemplo mais emblemático da ditadura militar no Maranhão: a história do líder camponês Manoel da Conceição, por sinal nomeado como comissionado no Gabinete do deputado petista.
Ainda tocado pela cerimônia, Bira poupou o ex-presidente José Sarney da responsabilidade pelas agruras perpetradas a Conceição, literalmente mutilado pela intolerância no Maranhão com a, no mínimo, complacência do então governador do Maranhão. No primeiro discurso após a instalação da Comissão da Verdade, o parlamentar perdeu a oportunidade de ofertar às novas gerações a "verdade factual" destacada na fala emocionada de Dilma Rousseff que enfatizou a importância que "homens e as mulheres livres", destemidos têm com a história.