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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Desembargador diz que só a polícia é que revelará se estaria havendo venda de sentença no TJ do Maranhão

    Em entrevista coletiva concedida à imprensa local na tarde desta sexta-feira, um dia após a prisão de dois servidores por tentativa de extorsão, o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Antônio Guerreiro Júnior afirmou que tudo será esclarecido após a conclusão do inquérito policial. Guerreiro elogiou o trabalho da polícia e disse que o critério de ficha limpa já é praticado no serviço público na nomeação de concursados e deve também ser estendido aos comissionados.
    Marco Túlio Dominici, presidente da Associação de Criadores do Estado do Maranhão, e Francisco Reginaldo Barros , são comissionados no Tribunal de Justiça. Dominici está suspenso pela OAB e, segundo a entidade, Reginaldo Barros estaria exercendo a funcção irregularmente.
    O desembargador disse que foi informadoquase imediatamente ocorreu a prisão em flagrante dos dois advogados que teria já recebido quase R$ 400 mil, parte de uma negociação de modificação de sentença judicial, segundo afirmou em entrevista a empresário Savigny Sauaia, vítima no caso.
    Sobre o fato dos advogados estarem portando originais do processo o desembargador também atribuiu à  investigação policial a responsabilidade pelo esclarecimento da situação.
    Durante a entrevista,o desembargador foi indagado se a amizade entre a vítima Sauaia e o comissionado Marco Túlio Dominini, ambos da Associação de criadores, Guerreiro Júnior respondeu com uma pergunta: "Quem aqui não é amigo de Marco Túlio?". Segundo o presidente do Tribunal de Justiça, ele mesmo determinou que o assunto fosse informado ao Conselho Nacionald e Justiça.