Tela do francês Jacques Louis David |
No plenário Joaquim Aroso da Câmara Municipal de Paço do Lumiar, Thiago Aroso assumiu o mandato de vereador no Palácio Gigi Aroso, observado pela mãe, a prefeita Bia Venâncio (que omite o Aroso do nome).
O quadro pode ser interpretado como uma versão desfigurada da tela "Os Litores Levam ao Cônsul Brutus os Corpos de Seus Filhos", do pintor Jacques Louis David (1748-1825), exposto no Museu do Louvre, em Paris (França).
"Os Litores" descreve um episódio da história da Roma antiga, após expulsão do último monarca e proclamada a República. Brutos era um dos dois cônsules eleitos que exerciam o Poder Executivo. Os filhos deste, conspiravam para fazer retornar ao trono a dinastia dos Tarquínios, de origem etrusca.
Foram presos e o próprio pai os condenou à morte, investido na função pública. Sobressai no quadro a figura do cônsul trespassado por imensa dor. O que denota a pintura artística é que, antes de tudo, o bem público se sobrepõe sobre o privado. Ensina que em nome do bem comum haja todo sacrifício às vantagens e até afetos pessoais devem ser relegados. A dor latente de Brutus o despe de qualquer desumanidade em nome do poder. Não há dúvida sobre a correção de sua atitude, numa palavra, republicana.
No Lumiar do Maranhão os palácios se confundem há décadas. São lugar-comum de uma iconografia cruel, que nos preenche de horror sendo absolutamente real. Não se espera tal sacrifício republicano da professora que dirige um dos quatro municípios da ilha de São Luís e escreve mais um episódio medonho na política do Maranhão, Nordestina e do país. Reitera a confusão tucana sobre o nome oficial do Brasil, excluindo da federação esta unidade desfalcada do significado de República.
Muitos são os luminenses que não portam consigo a exata compreensão da forma de governo e o sentido da República. Obscurecer discernimentos tem norteado a política dos Aroso há mais de um quarto de século.
Bia "Aroso" Venâncio observa Thiago Aroso |
A cena de sexta-feira pela manhã no Câmara de Paço do Lumiar foge ao cerne da razão. Tragicomédia exemplar que nos acabrunha pela sua simbologia. Como deturpadores premeditados de Filipenses 4:13 os Aroso tudo podem na cidade, que empresta o nome de uma residência e hoje ancestral freguesia do período dos dons portugueses, fortalecidos pelas bênçaos dos Sarney.
Bia Aroso Venâncio bate no peito para falar dos pariceiros. Estuda colocar um dos membros da árvore genealógica do senador, que responde pelo nome de Gabriel, como vice na chapa que tentará a reeleição. Na árvore dos Aroso há dissidências e tal como era se entrelaçam no mesmo mastro de sustentação política. Mais estupefação causa o discurso ufanista que estes Aroso adotam para repudiar adversários de hoje que ontem foram parceiros. Que as urnas não lhes sejam leves!