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segunda-feira, 12 de março de 2012

Lenine faz show em São Luís no primeiro semestre deste ano

Margot Rodrigues
    Apontado pela crítica como ousado e conceitual, o disco Chão, de Lenine, chega aos palcos no dia 16 de março. Recife, sua cidade natal, foi escolhida para o pontapé inicial da turnê homônima que percorrerá várias cidades do Brasil, América do Sul e Europa entre 2012 e 2013. Os shows no Recife acontecem nos dias 16 e 17 de março, no Teatro Luiz Mendonça – Parque Dona Lindu.
    Já no primeiro semestre, a turnê passará por Recife, Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Minas Gerais, Florianópolis, Maranhão, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Na América do Sul, Argentina, Uruguai, Chile, entre outras.
    Com direção musical do próprio Lenine, em parceria com Bruno Giorgi e JR Tostoi, o show tem em cena, os três – num espaço repleto de equipamentos e instrumentos – que vão levar as canções e reproduzir os ruídos orgânicos que permeiam nove das dez faixas do disco. Juntos eles ainda têm a incumbência de transpor os sucessos do compositor – indispensáveis – para essa nova atmosfera. “Jack Soul Brasileiro”, “Leão do Norte” (Lenine/Paulo César Pinheiro) e Paciência (Lenine/Dudu Falcão) são alguns deles.
    O show traz na direção de arte, cenário e iluminação Paulo Pederneiras, do Grupo Corpo, que conta ainda com  Fernando Maculan, no cenário, e Gabriel Pederneiras, na iluminação.
    Para Lenine, levar Chão ao palco é mais do que simplesmente tocar as canções do álbum. A ideia é ambientar o espaço com os sons como o canto do canário belga Frederico VI, o ruído ensurdecedor das cigarras no verão da Urca, a agonia da derrubada de uma árvore por uma motosserra, entre outros.
    Chão, produzido e tocado por Bruno Giorgi, JR Tostoi e Lenine, é o décimo álbum de carreira do cantor e compositor. Numa evidente opção estética – instigada pelo canto de um pássaro, que invadiu a gravação de uma das faixas - o trabalho revela-se “eletrônico, orgânico e concreto”, com dez músicas inéditas, imersas na delicada intimidade de ruídos sem edição.
    “No início, havia apenas a palavra e meu principal significado de chão: tudo aquilo que me sustenta. Chão, quase onomatopeia do andar - que soa nasal, reverbera no corpo todo. É pessoal, passional e intransferível” – conta Lenine, explicando como surgiu a inspiração para o nome do disco e, consequentemente, da turnê.
Do blog Mudicando - Leiamoda