O elevado índice de acidentes com motocicletas no país será debatido pelo senado. Requerimento solicitando a realização da audiência foi apresentado pela senadora Ana Amélia (PP-RS) à Mesa do Senado, na semana passada. Não há data confirmada da audiência.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego nos últimos dez anos, 65 mil pessoas morreram vítimas de acidentes com moto. Desde 2007, as motos já matam mais do que os carros. Aumenta cada dia a diferença entre os acidentes fatais de motociclistas e o de condutores ou ocupantes de carros. Em 2009, as mortes de motociclistas ultrapassaram as de pedestres e alcançaram o topo do ranking de mortes por acidentes - de qualquer tipo, não só de trânsito.
Em 2010, foram 10.134 mortes de motoqueiros. Enquanto as mortes por atropelamento caíram 30% quando comparadas às de 1996, as de motociclistas cresceram 1.298% no mesmo período.
Devem ser convidados para discutir alternativas sobre o tema o diretor da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues Alves Júnior; o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Roberto Yoshio Akiyama; o diretor-presidente da Seguradora Líder, responsável pela administração do Seguro DPVAT, Ricardo Xavier.
Na capital do Maranhão, 3,34% dos condutores habilitados possuem carteira do tipo que permite apenas conduzir veículos de duas ou três rodas. Esse percentual corresponde a 9.013 habilitados dos 269.975 com cadastrados no DETRAN-MA, em São Luís. A maioria dos habilitados para dirigir motos é do sexo masculino: são 8.235 com carteira A. Apenas 778 mulheres estão habilitadas para conduzir motos na cidade. No mês de janeiro, o DETRAN-MA multou 19 pessoas por conduzir motoneta, ciclomotor ou motocicleta sem capacete em São Luís.