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domingo, 29 de janeiro de 2012

Presidência renova “guarda-roupa” e gasta R$ 129,2 mil

    A Secretaria de Administração da Presidência da República resolveu renovar o guarda-roupa em 2012. Para isso, gastou cerca de R$ 129,2 mil. Do total, R$ 24 mil foram para a compra de 501 pares de sapatos sociais de couro preto. Respeitando as regras do bem vestir, na mesma cor dos sapatos, a Secretaria adquiriu 249 cintos, ao custo de R$ 4,4 mil, e 786 pares de meias, pelo valor de R$ 3,4 mil.
    Para completar os “modelitos” foram reservados ainda R$ 61,3 mil para a compra de oito ternos femininos e 429 masculinos. Além de 429 gravatas, que custaram R$ 3,7 mil, e de 900 camisas, que saíram por R$ 32,4 mil.
    Já o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios tem outras preocupações. O conforto em seus estabelecimentos aparentemente não era dos maiores. Agora, a situação mudou. Foram comprados 100 sofás de um lugar e outras 50 peças de dois lugares, ao custo total de R$ 202,8 mil. Mas isso não é tudo. Outras 1.250 poltronas foram adquiridas pelo preço de R$ 381 mil.
    Ao que tudo indica, outro tipo de assento também estava gerando problemas e exclusão por lá. Para contornar as dificuldades, o órgão concluiu suas “compras” com o acréscimo de 20 assentos sanitários (R$ 7 mil) e 20 bacias sanitárias para uso de cadeirantes (R$ 5,6 mil).
    Ainda no poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF) adquiriu 18 bules para café por R$ 2,3 mil. Além disso, a Suprema Corte do Brasil, contratou buffet para almoços protocolares também contratado, por R$ 25,9 mil, pela Suprema Corte do Brasil.
    O Tribunal Superior do Trabalho precisou pagar o condomínio do apartamento 408, no bloco G da quadra 215, em Brasília. O valor, que inclui taxa extra, para o ano inteiro foi de R$ 9,3 mil.
Outro órgão do mesmo Poder, o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, está se preparando para que o ano de 2012 seja mais florido. Assim, para embelezar o local, foi adquirido um arranjo de flores pelo preço de R$ 4 mil.
    Por fim, a Câmara dos Deputados gastou R$ 57,6 mil com seis mil quilos de café. Até quando dura o estoque?
*Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade neste tipo de gasto feito pela União e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não ajudaria, por exemplo, na manutenção do superávit do governo ou em uma redução significativa de despesas. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão em torno dos gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, despesas curiosas.
Do Contas Abertas