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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Cuidados Home Care, vizinha de promotor de Justiça, despeja esgoto na praia do Olho D´Àgua

Clínica Cuidados Home Care

Moradores da Rua dos Magistrados no Olho D´Água aguardam há dias equipes da  Caema ou de órgão municipal ou estadual do Meio Ambiente para notificar a clínica Cuidados Home Care. Da clínica são despejados esgotos que percorrem toda a rua até desembocar na praia do Olho D´Água, em um dos pontos sem placa indicadora de imprópio para o banho. 

A clínica tem endereço colado com o promotor de justiça Cláudio Guimarães, conhecido por ser carrasco de barraqueiros da avenida Litorânea em operações do Ministério Público do Estado do Maranhão.

Os responsáveis pela clínica foram comunicados da poluição do meio ambiente que a empresa vem causando, mas não tomaram nenhum providência para sanar o problema. 

Rua dos Magistrados


Frase do dia

 "As pessoas ao nascer são naturalmente boas"

Chloé Zhao, ganhado do Oscar 2021 de Melhor Filme por 'Nomadland'

Ambev oferece para o Maranhão apenas 8 das mais de 500 vagas de empregos ofertadas no país

 

Fábrica da Ambev em São Luís

A Ambev está com 531 vagas de emprego abertas para todo o Brasil. Para o Maranhão, estão disponíveis apenas 8 (oito) oportunidades nas unidades da empresa em São Luís, Bacabal e Imperatriz.  Destas seis são para o Banco de Talentos e o restante aprendiz e estagiário.

Os postos são para cargos efetivo, aprendiz, banco de talentos e estágio. Os interessados em participar dos processos seletivos podem acessar o site da Ambev e concorrer ao cargo.

A Ambev é dona das marcas Antarctica, Brahma, Bohemia, Budweiser, Skol, Original, Stella Artois; os refrigerantes Guaraná Antarctica, Soda, Pepsi e Sukita; o isotônico Gatorade e o chá Lipton, além da H2OH!, Fusion e Antarctica Citrus.

Confira abaixo a lista de vagas para o Maranhão.

Auxiliar de Marketing – Maranhão. Banco de talentos

Packaging – Técnico(a) Eletromecânico(a) (Cervejaria Equatorial)_São Luís/MA. Banco de talentos

Processo Adega Estagiário(a) Técnico(a) (Cervejaria Equatorial)_São Luís/MA. Estágio

Promotor(a) Auto Serviço Rota – São Luís/MA. Banco de talentos

Supervisor(a) de Vendas – São Luís/M. Banco de talentos

Técnico(a) Segurança Trabalho – Bacabal/MA. Banco de talentos

Vendas – Imperatriz/MA. Aprendiz

Vendedor(a) – Maranhão. Banco de talentos

terça-feira, 27 de abril de 2021

Professor Matheus Gato organiza livro sobre a obra do escritor Raul Astolfo Marques

 Pela primeira vez reunidos em um livro, os contos de Astolfo Marques (1876-1918) enriquecem nosso entendimento da Abolição da escravidão e abrem caminho para uma nova compreensão do 13 de Maio no Brasil.



Entre os primeiros lançamentos da editora Fósforo, está o inédito livro 
O Treze de Maio: e outras estórias do pós-Abolição, de Astolfo Marques, organizado por Matheus Gato. A obra confronta dois imaginários opostos e persistentes sobre os significados do 13 de Maio no Brasil. De um lado, a velha e influente narrativa que concebe o fim da escravidão como uma espécie de dádiva da Princesa Isabel, anulando o protagonismo das camadas populares e dos movimentos sociais, para edulcorar a ação do estado e das elites dirigentes. Mas também questiona a narrativa da Abolição enquanto "farsa" e "mentira" que constituiu a política cultural dos movimentos negros brasileiros desde a segunda metade do século 20.

Astolfo Marques fez literatura a partir da matéria viva de uma República jovem e da derrocada dos sonhos pós-Abolição ao escrever na virada do século 19 para o 20, na periferia do Brasil. Uma literatura daqueles que ansiavam pela liberdade e encontraram um Brasil desigual e hierárquico. Homem negro e livre de um tempo em que libertos e escravizados conviviam em todo o país, Astolfo escreveu histórias capazes de flagrar o momento e seu caráter cambiante sem poupar contradições e complexidades.

O Treze de Maio reúne uma seleção de 17 narrativas breves concentrada no retrato das reverberações do fim da escravatura em uma região especialmente vitimada pela brutalidade, como foi o Maranhão. Publicada na tinta fresca da imprensa nacional, a ficção de Astolfo chegou a ser entendida pela crítica de seus dias como um mero espelho irrefletido dos tempos. E, não à toa, por pouco não foi completamente apagada, permanecendo restrita aos arquivos históricos da imprensa maranhense até que o sociólogo e pesquisador Matheus Gato resgatasse e reunisse pela primeira vez os contos desse grande escritor brasileiro, cujo humor e sagacidade machadianos já deveriam há tempos integrar nosso repertório literário, ou como diz o escritor Paulo Lins, que assina o prefácio dessa edição, um autor que "deve figurar como um clássico".
 
Os personagens de Astolfo empregam a língua falada, a língua viva, maranhense e brasileira. Mostram-nos, em suas andanças narrativas, um escritor interessado nas “alegrias, frustrações e desafios da vida cotidiana da gente negra e pobre”, mulheres que fazem da praça pública sua casa e domínio, operários nordestinos e militantes abolicionistas que desejam, mais que tudo, a quebra de estruturas, “pessoas para quem a cidadania também se exerce na festa”, como escreve Matheus Gato, “quando a música e a noite tomam o lugar das rotinas do trabalho diário, nos chinfrins e pagodes dos arrabaldes, mas também naqueles momentos de devoção e de fé”.


Em seu retrato pulsante da vida anônima, Astolfo Marques denuncia um Brasil que flerta, em discurso e ação, com uma república urbana e importada, mas que abriga em sua cartografia humana as marcas e as consequências de um passado que ainda se faz presente.

Sobre o autor:
Raul Astolfo Marques nasceu em São Luís do Maranhão em 1876 e morreu em 1918 na mesma cidade. Escritor, jornalista e tradutor, publicou contos e crônicas nos principais periódicos maranhenses à época e os livros A vida maranhense (1905), De São Luís a Teresina (1906), Natal (quadros) (1908) e A nova aurora (1913). Autodidata, trabalhou como contínuo na Biblioteca Pública do Maranhão, foi um dos fundadores do grupo de intelectuais Oficina dos Novos, que deu origem à Academia Maranhense de Letras, da qual foi membro.


Sobre o organizador:

Matheus Gato nasceu em Campinas, São Paulo, em 1983, e viveu até a juventude em São Luís do Maranhão. Em 2002, ingressou na Universidade Federal do Maranhão onde se dedicou à mobilização estudantil por ações afirmativas e políticas de cotas. Com doutorado e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo, foi visiting fellow no Hutchins Center for African and African American Studies da Universidade Harvard em 2017 e 2018. É professor do Departamento de Sociologia da Unicamp, pesquisador do Núcleo Afro\Cebrap e coordenador do BITITA: Núcleo de Estudos Carolina de Jesus (IFCH-Unicamp). É autor do livro O Massacre de Libertos: sobre raça e república no Brasil (Perspectiva).

Ficha técnica
Título: O Treze de Maio: e outras estórias do pós-Abolição
Autor: Astolfo Marques
Organização: Matheus Gato
Prefácio: Paulo Lins
Número de páginas: 208pp
Formato: 13,5 x 20 cm
Acabamento: brochura
ISBN: 978-65-89733-04-1
ISBN Ebook: 978-65-89733-05-8
Preço: R$54,90
Preço ebook: R$34,90
Data de livraria: 13/05/2021
Editora: Fósforo

FRASE DO DIA

 "Não seja arrogante com o humilde, nem humilde com o arrogante"

Delegado da PF, Alexandre Saraiva, retirado do comando da superintendência do órgão no Amazonas após denunciar o ministro Ricardo Salles, discutiu com deputados ao ser ouvido na Câmara nesta segunda-feira.

Lilian Schwarcz - Exército como fiel da democracia indica algo errado

A antropóloga Lilian Schwarcz

Gabrielle Castro (Metrópoles)

São Paulo – No momento em que as Forças Armadas têm se tornado protagonistas no governo federal e o Congresso discute a Lei de Segurança Nacional, que é um resquício da ditadura, a antropóloga Lilia Schwarcz faz um alerta: “Se o Exército, as Forças Armadas aparecem como fiel da nossa democracia é porque tem alguma coisa de muito errado”.

Professora da Universidade de São Paulo (USP) e autora de livros como “Brasil: Uma biografia” e “A bailarina da morte: A gripe espanhola no Brasil“, Schwarcz usa a história para fazer uma reflexão sobre o momento atual. “Nosso presente está sempre repleto de passado, então não há como avaliar o presente sem olhar para as nossas raízes e nossas bases.”

A história, na avaliação dela, poderia fazer a diferença no combate à pandemia. Ao comparar a pandemia de gripe espanhola, que atingiu o Brasil em 1918, com a Covid-19, ela diz que o Brasil teria muito a aprender se olhasse para o passado. No século passado, as autoridades não negaram a ciência, embora também houvesse tentativa de ignorar o vírus.

“Involuímos. Em 1918, as igrejas fecharam e não fizeram pressão para abrir. Ao contrário, em 1918, as igrejas só abriram as suas portas para criar hospitais de campanha e abrigar os doentes. (…) Penso que em termos de solidariedade, fomos mais solidários em 1918 do que agora em 2021.”

Leia trechos da entrevista.

Pela primeira vez temos um governo pós-redemocratização com tantos militares espalhados por toda a Esplanada e nunca se falou tanto na Lei Nacional de Segurança. Por que, mesmo após uma ditadura, existe a crença de que os militares vão colocar o país em ordem?

Tivemos uma série de gerações que não tiveram a convivência próxima com a ditadura militar e ficam com esse canto da sereia, como se a ditadura tivesse sido excelente para o Brasil. Não foi excelente em nenhum sentido. Primeiro, porque impôs aos brasileiros 17 atos institucionais, sendo o mais conhecido o AI-5, de 1968, que tirou todos os direitos dos brasileiros, além de ter sido criada uma máquina de matar no interior do governo, no interior dos DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna).

Brasileiros foram sequestrados, mortos, desapareceram, enfim, não vejo que beleza que há nesse governo que acaba com os seus cidadãos. Depois do fim da ditadura militar, em 1985, recebemos um Estado falido, com inflação tremenda. Portanto, aquela ideia de que foi ótimo financeiramente, não foi. Basta ver os números e os dados.

Outra ideia em geral associada à ditadura militar, de que foi um momento sem corrupção, não é verdade. Basta ler os livros para ver que existiu muita corrupção.

Em qualquer circunstância, se o Exército, as Forças Armadas aparecem como fiel da nossa democracia é porque tem alguma coisa de muito errado. Todas as vezes que o Exército assumiu o poder foi a partir de um golpe de estado.

Golpe de estado é o oposto de democracia, é quando você retira um governo democraticamente eleito e instaura um governo que não foi democraticamente eleito. Me preocupo muito com essa visão, sobretudo porque ela é fabuladora. Ela cria um modelo de ditadura militar em um passado nostálgico que jamais existiu.

Conhecer melhor a história do Brasil pode fazer diferença para a população?

Penso que a história nunca se repete completamente, mas sempre dá uma boa lição. Gosto da citação de um historiador que diz que não somos mais inteligentes ou mais espertos do que as pessoas que viveram logo antes do período da Segunda Guerra Mundial. Nós só podemos contar com a nossa experiência.

Na minha opinião, a história passa uma experiência. A história explica, e de alguma maneira ilumina uma reflexão. Isso porque o nosso presente está sempre repleto de passado, então não há como avaliar o presente sem olhar para as nossas raízes e nossas bases.

O que o Brasil pode aprender se olhar para o passado e analisar a relação com a gripe espanhola?

O Brasil foi atingido pela gripe espanhola na segunda onda, portanto, no segundo semestre de 1918. Assim como em 2020 e 2021, a primeira resposta foi de negação, com os brasileiros achando que por viver em um país tropical, a gripe não chegaria. Mas em 1918, quando as autoridades notaram que, de fato, a gripe havia chegado, elas seguiram os protocolos das autoridades sanitárias. Não existiu o que está acontecendo em 2020 e 2021.

Na época, havia a cloroquina, o sal de quinino. Já naquela época, ela era empregada contra a malária. E teve todo tipo de espertão, sobretudo os farmacêuticos, que tentou empurrar a cloroquina, mas nenhuma autoridade política negou as recomendações da saúde que já diziam em 1918 que a cloroquina não era indicada.

Involuímos. Mais um exemplo para mostrar nossa involução: em 1918, as igrejas fecharam e não fizeram pressão para abrir. Ao contrário, em 1918, as igrejas só abriram as suas portas para criar hospitais de campanha e abrigar os doentes. O mesmo aconteceu com os clubes esportivos, que fizeram a mesma coisa. Fecharam suas portas para os associados, mas abriram para cuidar dos infectados por gripe espanhola.

Penso que, em termos de solidariedade, fomos mais solidários em 1918 do que agora em 2021. A gente sempre pode mudar. Estamos vivendo uma época de crise, e crise quer dizer decisão. Está nas mãos dos brasileiros mostrar mais solidariedade, e está nas mãos dos nossos políticos não caírem no canto da sereia da saúde preventiva, que não existia em 1918 e não existe hoje em dia no caso da Covid-19.

Acho que no caso do Brasil essa emergência sanitária que estamos vivendo coincidiu com um governo muito populista e tecnológico. Populista no sentido de que prefere falar mentira do que falar a verdade.

Falar a verdade demora muito, é preciso explicar muito e nem sempre aquele que vai ouvir quer de fato ouvir o que você quer explicar. Falar mentira é fácil, basta uma frase.

Temos um governo que tem claro desdém pelos jornalistas, pelas instituições democráticas, pela academia e pela ciência, mas a nossa única saída será via ciência, que foi o que aconteceu em 1918. Nosso problema é essa coincidência entre a crise sanitária com um governo que não respeita as diretrizes da ciência.

Além do desrespeito à ciência, vemos retrocesso em outras áreas, especialmente em relação aos direitos humanos, como nos direitos da população indígena. Você vê indício de mudança?

No panorama recente, não vejo. O único lado positivo nessa história é que, desde a Constituição Cidadã de 1988, que mostrou como eram legais as reservas indígenas e implicou o governo em uma política de legalização das terras, houve um crescimento muito grande das populações indígenas e da reivindicação indígena, do ativismo. Eles são hoje agentes políticos que precisam ser ouvidos e merecem uma resposta. Acho que o importante será seguir o protagonismo indígena.

Como?

Nós não somos protagonistas, mas, como diz Angela Davis, precisamos ser antirracistas e tomar atitudes antirracistas. E nós demonstramos o antirracismo de forma prática, não de forma só moral. Fazemos isso abrindo mão do nosso privilégio, do nosso espaço para as populações indígenas, espaço para professores e professoras indígenas, os artistas indígenas, abrindo caminhos. Aí sim teremos uma cidadania mais plena, mais inclusiva e mais plural.

A história mostra que o descobrimento do Brasil não foi pacífico, como dizem ter sido, e que o país é mais racista do que se imagina. Por que esse choque de narrativas?

A gente sabe que cada governo cria suas narrativas e que existe sempre uma batalha de narrativas. Essa é uma primeira explicação. A segunda explicação é que tem que existir uma ponte de maior tráfego entre as pesquisas da academia e a produção de material didático. Só dessa maneira teremos uma contaminação das duas partes.

O que a história aponta para o futuro?

A história é muito ruim de previsão. Os historiadores são muito conservadores. Nós preferimos analisar processos que se encerram. É muito difícil, porque a história do presente pertence a todo mundo. Costumo dizer que sou otimista no atacado e pessimista no varejo. Penso que temos que apostar no nosso conhecimento, na nossa ciência, na nossa capacidade de produzir mais conhecimento e boa informação, temos que apostar na cidadania.

A cidadania é uma franquia da democracia, e é de cada um. Cada um no seu lugar pode vestir a roupa de um cidadão brasileiro, e nesse sentido cobrar medidas que tenham coerência e que falem respeito à ciência e à boa informação.

O que fez com que a gente desse esse passo para trás?

SECMA publica lista com mais 667 selecionados no edital Conexão Cultural 4

 A Secretaria de Estado da Cultura (SECMA) divulgou, na manhã desta segunda-feira (26), mais 667 selecionados no edital Conexão Cultural 4, levando em consideração o item 13.2 do edital que dispõe sobre a disponibilidade orçamentária, garantindo assim o recurso a mais produções, além das 1.000 previstas no edital.

CONFIRA: RESULTADO DE SELEÇÃO – MAIS 667 SELECIONADOS DO CONEXÃO CULTURAL 4

Além disso, a SECMA publicou, neste domingo (25), errata do resultado final do edital Conexão Cultural 4. A errata pode ser conferida no banner do Credenciamento Cultural (lista CONEXÃO CULTURAL 04 – RESULTADOS), ou no link abaixo.

CONFIRA: ERRATA – RESULTADO FINAL DO EDITAL CONEXÃO CULTURAL 4

Cronologia

A SECMA divulgou, na última nesta sexta-feira, 23, o resultado final da quarta edição do edital Conexão Cultural. Foram selecionadas 1.000 produções artísticas inéditas, em vídeos, nas mais diversas modalidades culturais, que receberão o recurso de R$ 1.500,00.  A partir da publicação dos resultados, o artista deverá aguardar o recebimento do auxílio.

CONFIRA AQUI O RESULTADO FINAL DO EDITAL CONEXÃO CULTURAL 4

A abertura de mais uma edição do Conexão Cultural foi divulgada pelo Governador Flavio Dino, no dia 3 de março, para compensar financeiramente a classe artística, uma vez que estão suspensos, via decreto estadual, a realização de festas, shows e qualquer outro tipo de evento público.  Ao todo, o edital recebeu 2.978 inscrições. O pagamento do auxílio será feito com recursos do tesouro estadual. Os repasses começam a ser realizados a partir da próxima segunda-feira, 26.

A análise de vídeo, última etapa do processo, teve como critério produções artísticas inéditas, em vídeo finalizado, para difusão em plataformas digitais de hospedagem aberta (como o YouTube, por exemplo), após a análise dos pedidos de reconsideração de propostas.

De acordo com o secretário de Estado da Cultura, Anderson Lindoso, o resultado veio após um árduo trabalho dos servidores da Secma, e da Comissão de Avaliação, na realização de análise documental, de recursos, análise de vídeos, pós-recursos, e finalmente, a aprovação final. O gestor considera que com isso, o governo do estado consegue ajudar muitas pessoas da classe artística, especialmente nesse momento difícil de pandemia. 

“Nós conseguimos lançar o resultado do edital Conexão Cultural 4, um edital que visa fomentar a produção cultural em tempos de pandemia, e com esse concurso de vídeo conseguimos contemplar inicialmente 1.000 selecionados. Mas temos ainda pessoas que passaram no edital e que não estavam dentro do número de vagas inicial. Então, estamos trabalhando para conseguir mais recursos e iremos chamar, pela ordem de classificação, à medida que formos conseguindo recursos, até o máximo que consigamos atender nesse momento difícil que sabemos que todos estão passando, principalmente a cultura por estar impedida de exercer a sua atividade cultural de forma plena, devido as restrições impostas pelas autoridades sanitárias, para que a gente possa combater o vírus. Esperamos que com isso possamos fazer com que esses profissionais da cultura possam ter recursos agora nesse momento tão difícil”, disse o secretário.

Comissão

Segundo o Presidente da Comissão de Seleção Artística do edital, Waldemir Nascimento, as mil produções artísticas selecionadas representam variadas linguagens, como, artes cênicas, literatura, artes visuais, dança, música, cultura popular, entre outros.

A Comissão foi formada por profissionais de renomado saber e conhecimento técnico nas mais diversas áreas artístico-culturais e para avaliar as propostas  levou em consideração itens como: portfólio das atrações, o ineditismo das propostas, a concepção artística, a criatividade e a relevância das propostas e a contribuição das atrações para difusão, valorização e preservação da cultura maranhense, com pontuações que vão de 0 a 100.

“Cerca de 240 proponentes entraram com recurso nessa última fase, de vídeo, então agora temos esse resultado que contemplou variadas modalidades artísticas com pontuações em ordem decrescente. Passamos pelo mérito artístico e fomos os mais democráticos possível nessa avaliação, que tem representantes em diversas categorias. Levamos em conta o mérito artístico dessas produções que vão chegar aos mais variados públicos, para que seja do agrado de todos”, disse Waldemir.

Edital pioneiro

O edital Conexão Cultural é uma medida pioneira do Governo do Estado do Maranhão, que foi criado para atender emergencialmente os fazedores e trabalhadores da cultura que infelizmente foram e ainda estão impedidos de executar os seus trabalhos por conta das medidas de restrição de combate ao coronavírus.

Os proponentes que não estão dentro das 1.000 produções previstas no edital poderão, eventualmente, ser selecionados à premiação, caso haja disponibilidade orçamentária.

Os proponentes interessados em saber o detalhamento da análise de sua proposta e a pontuação no edital, podem solicitar à Comissão de Seleção Artística pelo e-mail: comissaodeselecao@secma.ma.gov.br, informando no título do e-mail o número da inscrição ou através de ofício protocolado na Secma.

PM prende moradoras que protestavam por água após rompimento de barragem no Maranhão


Brasil de Fato

A Polícia Militar prendeu duas integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) na tarde do último domingo (25) no município de Godofredo Viana (MA). Maria Aldineia e Maria Valdiene participavam de um protesto que denunciava o desabastecimento de água no distrito de Aurizona, em decorrência do rompimento da maior barragem de ouro do país, há um mês.

A barragem da mineradora canadense Equinox Gold, no extremo oeste do Maranhão, a 338 km da capital São Luís, se rompeu no dia 25 de março. A lama com rejeitos de mineração contaminou o rio Tromaí e dificultou o acesso a serviços em vários distritos próximos, bloqueando a estrada que dava acesso a Godofredo Viana.

"O rompimento causou a contaminação das principais fontes de água doce da região, como o reservatório Juiz de Fora, principal fonte de água potável que abastecia diariamente toda a população do distrito de Aurizona, deixando mais de 4 mil habitantes a 30 dias sem acesso à água potável", diz nota publicada pelo MAB também no domingo.


Segundo o movimento, a ação da PM que prendeu as militantes foi truculenta e sem justificativas.

A última informação obtida pela reportagem foi que Maria Aldineia e Maria Valdiene foram levadas ao município de Zé Doca, a 250 km do distrito onde moram, sem direito a receber a visita de advogados. 

Maria Aldineia e Maria Valdiene integram o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Godofredo Viana