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sexta-feira, 29 de novembro de 2019
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
NOS JORNAIS
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
Estadão troca estado do presidente do Conselho de Ética da Câmara
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu dois processos contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que podem terminar na cassação do mandato. O filho do presidente Jair Bolsonaro agora responde por quebra do decoro parlamentar por sugerir a convocação de “um novo AI-5” para reprimir manifestações no País e por ter ofendido a ex-líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), pelas redes sociais, em meio à disputa por espaço dentro do partido.
Já o Conselho de Ética do PSL deve pedir, hoje, a suspensão de Eduardo por seis meses.
O colegiado analisou três representações contra Eduardo ontem. Por determinação do presidente do conselho, Juscelino Filho (DEM-BA), duas representações contra o parlamentar foram juntadas em um só processo por se tratarem de uma mesma acusação: apologia ao Ato Institucional (AI-5) que fechou o Congresso e retirou de direitos civis.
Os pedidos foram feitos pela Rede Sustentabilidade, PT, PSOL e PCdoB. “O que está sendo ameaçado aqui é a democracia brasileira. Não podemos aceitar que um membro do Parlamento brasileiro atente contra o próprio Parlamento”, afirmou o líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP).
De acordo com as representações, a declaração “atenta contra a democracia”. A outra ação foi apresentada pelo PSL durante a disputa pela liderança do partido na Câmara envolvendo o grupo político ligado ao presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), e o de Bolsonaro. Em retaliação ao apoio de Joice ao ex-líder, Delegado Waldir (PSL-GO), Bolsonaro destituiu a deputada da liderança do Congresso e Eduardo a atacou nas redes sociais. O processo é assinado por Bivar.
“Não cometi crime nenhum”, afirmou Eduardo após a decisão do conselho. A instauração dos procedimentos é a primeira etapa do processo.
NOS JORNAIS
terça-feira, 26 de novembro de 2019
NOS JORNAIS
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
Macarthismo escolar
O Estado é laico, mas... Numa democracia plena e numa nação republicana, não caberiam reticências nem subordinação nesse axioma. O Estado é laico. Ponto.
Não para Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que agora se associa ao não menos controverso titular da pasta da Educação, Abraham Weintraub, para criar uma atmosfera policialesca em todas as salas de aula do país.
“O Estado é laico, mas eu sou terrivelmente cristã”, repetiu Damares na quarta-feira (20), ao anunciar com Weintraub mais um passo na cruzada contra a liberdade de cátedra. Ambos negam que a central de denúncias de sua ideação, inspirada no movimento Escola sem Partido, tenha por alvo constranger educadores.
Sempre haverá casos, aqui e ali, de professores a abusar da autoridade de que são revestidos para doutrinar crianças e jovens. Não há dados confiáveis, entretanto, sobre a real incidência desses desvios, ainda que a dupla ministerial se contente com vídeos e denúncias a viralizar nas redes sociais.
Sim, alunos e pais têm direito a ver respeitadas suas convicções religiosas em sala de aula. O princípio não lhes dá autoridade, contudo, para exigir que o professor ensine explicações criacionistas sobre a origem da vida e da espécie humana em pé de igualdade com a teoria da evolução por seleção natural, consagrada pela ciência.
Equiparar ambas as explanações implicaria desrespeitar estudantes. Eles também têm direito a uma formação intelectual que os habilite a atuar em esferas sociais mais amplas que as de igrejas e seitas.
Esse é apenas um exemplo das distorções que fatalmente ocorrerão caso vingue o tal canal de delação. Weintraub e Damares usam bullying, automutilação e abusos sexuais como álibi, mas parece mais provável que ele sirva de recurso para proscrever temas como violência policial, feminismo, homofobia ou educação sexual.
Eventuais atritos e conflitos que surjam na escola com a necessária abordagem pedagógica de assuntos polêmicos na sociedade devem ser debatidos ali mesmo, no estabelecimento. Com a participação dos próprios alunos e, até, da comunidade de pais, mas não para calar e reprimir mestres e diretores.
A vocação autoritária de Damares e Weintraub fica mais evidente na proposta de desconsiderar autoridades educacionais de estados e municípios ameaçando-as com cortes de verbas federais caso não intervenham nos colégios denunciados para impor o que, do Planalto, se enxerga como linha justa.
Valores particulares ou religiosos não têm cabimento no ensino público, muito menos para policiá-lo.
O Estado é laico. Ponto.