Bombeiros do Maranhão relatam o que encontraram
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
NOS JORNAIS
Erlânio é aclamado presidente da Famem após intermediação de Flávio Dino que evitou ruptura na base governista
Bombeiros do Maranhão relatam o que encontraram
14.602 bolsas do ProUni no MA
Bombeiros do Maranhão relatam o que encontraram
quarta-feira, 30 de janeiro de 2019
NOS JORNAIS
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
Nordeste é região que mais tem assassinato de minorias sexuais no país
Foi na região Nordeste
onde mais ocorreram crimes contra as minorias sexuais no Brasil em 2018.
Conforme levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia, GGB, divulgado na
segunda-feira (28), na região foram 146 assassinatos registrados nos nove
estados do universo de 413 mortes da estatística que contabiliza também
heterossexuais, vitimados por envolvimento com indivíduos LGBT ou confundido
com gays.
A Bahia acumula o maior
número de casos: 35. O Maranhão tem um dos menores: nove, mesmo número do Piauí,
mas superior a Sergipe, onde seis casos estão registrados.
O Brasil é o país mais inseguro do mundo para a população lésbica, gay,
bissexuais, travestis e transexuais. O levantamento do GGB aponta que a cada 20
horas, um LGBT é assassinado ou comete suicídio levado pela fobia no país.
De acordo com o relatório, 320 dessas mortes violentas foram homicídios, o que
representa 76% do número total. Foram registrados 100 suicídios (24%). Há,
conforme o estudo, uma redução de 6% em relação a 2017, quando foram apontadas
445 mortes, número recorde nos 39 anos desde que o GGB iniciou esse banco de
dados. Em números absolutos, atrás de São Paulo (58) vem Minas Gerais (36),
Bahia (35) e Rio de Janeiro(32).
Quando feita a contabilização destes números levando em consideração o número
de habitantes, São Paulo, mesmo com números absolutos mais elevados, fica
em 24º.
O levantamento aponta que em termos absolutos no Brasil todo predominaram as
mortes de 191 Gays (45%), seguido de 164 Trans (39%), 52 Lésbicas (12%), 8
Bissexuais (2%) e 5 Heterossexuais (1%).
Uma das conclusões do
relatório é que as mortes alcançaram diversos estratos sociais de classe, raça
e faixa etária, o que aponta para necessidade ainda mais descentralizada de
políticas afirmativas. No Brasil, o caso emblemático é o assassinato da
vereadora do Rio Marielle Franco, esposa da arquiteta Monica Benício, ocorrido
em março de 2018, a quem o relatório foi dedicado.
Números
76% das mortes violentas de LGBTs são homicídios
100 LGBTs cometeram suicídio em 2018, conforme o relatório
Mortes de LGBTS por
região
NORDESTE
Maranhão - 9
Bahia - 35
Rio Grande do Norte - 15
Alagoas - 20
Sergipe - 6
Ceará - 23
Pernambuco - 15
Piauí - 9
Paraíba - 14
NORTE
Amazonas - 19
Roraima -2
Rondônio - 6
Acre - 2
Pará - 19
Tocantins - 2
Amapá - 1
SUL
Paraná - 23
Rio Grande do Sul - 11
Santa Catarina - 6
SUDESTE
Rio de
Janeiro - 32
São Paulo - 58
Minas Gerais - 30
Espírito Santo - 11
CENTRO-OESTE
Mato
Grosso - 16
Mato Grosso do Sul - 8
Distrito Federal - 7
Goiás - 14
NOS JORNAIS
segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
Clóvis Rossi - Uma ruína chamada Brasil
Esse extraordinário cronista das agruras do Brasil chamado Vinicius Torres Freire errou apenas no "timing", quando escreveu nesta Folha, no domingo (27), que “faz cinco anos, a gente tem a impressão de que o Brasil está em ruína progressiva".
Cinco anos, nada, Vini. Não sei datar exatamente mas é evidente que faz muito mais tempo que cabe ao Brasil a pergunta que, recentemente, o Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa fez a respeito de seu país: “En qué momento se jodió Perú?” (vou traduzir “jodió” pudicamente por “apodreceu").
Não são apenas as barragens que se rompem em Minas Gerais, os viadutos que cedem em São Paulo, a memória brasileira contida no Museu Nacional que pega fogo - os exemplos recentes que bateram no fígado do meu ídolo Vinicius.
Bem mais velho que ele, cansei de falar de outras degradações (outro sinônimo pudico para “joderse").
Em março de 2018, para ficar no exemplo mais recente, escrevi:
“Em apenas cinco palavras, Ágatha Arnaus deu a explicação definitiva para a degradação infernal que assola o Brasil faz séculos:
'A gente acaba se acostumando’, disse Ágatha, a viúva de Anderson Gomes, o motorista da vereadora Marielle Franco, cuja execução representa a descida do país ao penúltimo círculo do inferno (sim, sempre conseguimos cair mais, mesmo quando parece que chegamos ao fundo do poço).
A gente se acostumou a perder o direito constitucional de ir e vir, desde que ir a determinados lugares significava correr enorme risco de não poder vir de volta.
A gente se acostumou a que a vida no Brasil é uma roleta russa: a gente nunca sabe se e quando a bala vai estar na agulha e nos atingir.
A gente se acostumou a aceitar que o Estado perdesse o monopólio do uso da força para grupos criminosos.
A gente se acostumou a aceitar o nome ‘milícias’ para o que são esquadrões da morte.
[A propósito, pode já ir se acostumando à louvação de tais esquadrões por cabeças coroadas, que até dão medalhas de honra a figuras desse nefando time].
A gente se acostumou ao apartheid social, origem de fundo de tantos males. Não só se acostumou: distraídos e/ou desonestos intelectualmente até festejaram a suposta queda da desigualdade nos anos do PT. A gente aceitou a fraude, até descobrir que a desigualdade não caiu: a porcentagem que cabe aos 10% mais ricos, já obscena antes do PT, subiu de 54% para 55% de 2001 a 2015 (período quase todo sob Lula/Dilma).
A gente se acostumou à degradação da escola pública nos últimos 50 anos, poucos mais, poucos menos. É consequência direta ou indireta do apartheid social. No meu tempo de estudante, todo ele transcorrido em escolas públicas, o acesso era para poucos, basicamente para a classe média, e o ensino era ótimo.
A partir do instante em que se massificou o acesso à educação, a gente se acostumou a achar que os pobres que a ela chegavam não precisavam de ensino de qualidade —e todos os testes educacionais globais acabam sempre colocando o Brasil em situação vexaminosa.
A gente se acostumou com uma saúde pública eternamente degradada e acabou aceitando, os que podiam, migrar para os planos de saúde privados, que tradicionalmente figuram entre os que mais reclamações provocam nos organismos de defesa do consumidor.
A gente se acostumou à corrupção. Todos os políticos presos ou sendo processados foram eleitos, por mais que inúmeros deles estivessem há anos sob suspeita".
Volto de 2018 ao presente, para citar email recebido de um acadêmico de alta qualidade, o sociólogo Zander Navarro, para quem o problema central do Brasil “é uma deformidade cultural", caracterizada, diz Navarro, por uma “invencível complacência, em relação a tudo e com todos, ainda que suas manifestações variem de acordo com as classes sociais. Trata-se de uma construção histórica e, por isso, estrutural, talvez impossível de ser mudada. E, não sendo mudada, nos condena às trevas para sempre".
O diabo é que as trevas golpeiam cada vez com mais frequência e com mais virulência. E aí, vem o prefeito de Brumadinho, Avimar de Melo Barcelos, e exibe pela tevê uma cena explícita de rendição (outro nome para complacência): diz aos repórteres que uma segunda barragem na cidade (ameaçada de rompimento até então) não poderia se romper, porque “a cidade não merecia tanto azar".
Pois é, o Brasil depende de Deus estar acordado 24 horas por dia ou de o capeta estar no comando.
Clóvis Rossi
Repórter especial, membro do Conselho Editorial da Folha e vencedor do prêmio Maria Moors Cabot.
Mônica Bergamo - TRF-1 avalia ação em que Ministério Público cobra impostos da Igreja Universal
O TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) coloca em pauta, nesta segunda-feira (28), o julgamento da competência do Ministério Público Federal (MPF) de propor uma ação civil pública contra a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).
CORPO...
Na ação, aberta em 2006, o MPF questiona a “imunidade tributária” alegada pela igreja para o não pagamento de impostos referentes aos períodos-base de 1991 a 1994, cujo total calculado pela procuradoria chega a R$ 98,3 milhões.
... FECHADO
O Ministério Público aponta que, na época, auditores fiscais da Receita Federal em SP “desconsideraram a imunidade tributária da entidade” para cobrar tributos como PIS e Imposto de Renda.
PASSADO
“Inconformada com a decisão” a Iurd interpôs recurso, diz o texto. Após avaliação do então Conselho de Contribuintes, hoje o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a dívida da entidade foi reduzida em quase R$ 92 milhões —valor cobrado pelo MPF, que alega “defesa do patrimônio público lesado”.
NÃO PODE
A Iurd diz que “o pedido do MPF contraria julgamentos do Superior Tribunal de Justiça”. “O MPF não pode cobrar na Justiça impostos, pois existe um órgão público com esta função, a Receita Federal”, afirma a instituição.