terça-feira, 31 de março de 2020

NOS JORNAIS

 Flávio Dino atualiza situação sobre coronavírus e medidas executadas no Maranhão

 Dino alerta: "Maranhão pode ter mais de 200 casos"
 72% dos casos estão abaixo da idade de risco ao Covid-19
 Mandetta se impõe
 Coironavírus no Ceará - 5ª morte é registrada; 10 pacientes têm alta
 Avanço do coronavírus no DF preocupa ministro
 Em apoio a Mandettta, Moro e Guedes se opõem a Bolsonaro
 Internações por síndrome respiratória cresce 445% no país
 Planalto tenta tutelar Mandetta que reafirma apoio a isolamento

segunda-feira, 30 de março de 2020

NOS JORNAIS



 Bares e restaurantes 'apelam' para volta de atividades normais
 Maranhão registra morte após 9 dias do primeiro caso
 Coronavírus - "Foi um dos piores dias da minha vida"
 Quarentena renovada
 
 Bolsonaro ignora Mandetta e visita comércio de Brasília
 Metade das grandes empresas na Bolsa tem caixa para até 3 meses
 Bolsonaro contraria Mandetta, ignora isolamento e vai às ruas

domingo, 29 de março de 2020

Steven Levitsky: ‘O vírus põe os populistas em isolamento'

Líderes populistas que ignoraram a ameaça da pandemia correm o risco de isolamento e de perder apoio em razão da crise econômica.
Acostumados a fazer dos adversários inimigos mortais e desprezar o que chamam de elite política, acadêmica, científica e cultural, muitos líderes populistas estão experimentando o próprio veneno. Pegos de surpresa pelo novo coronavírus, eles reagiram tarde à pandemia e estão às voltas com o aumento de casos e mortes, além da expectativa de uma gravíssima crise econômica.
Para o cientista político Steven Levitsky, coautor do livro Como as Democracias Morrem, que mostra as razões da expansão populista nos últimos anos, o desprezo pela ciência e pela elite caiu por terra com o avanço da pandemia. Agora, eles correm risco de isolamento e de perder mais popularidade em razão da crise econômica.
A pandemia, segundo Levitsky, é o maior desafio dos populistas. Primeiro, porque corrói a popularidade que os sustentam. Sem popularidade, fica mais difícil tomar medidas autocráticas para ameaçar a democracia. Em segundo lugar, por colocar a própria sobrevivência desses líderes em risco. “A pandemia está mostrando que o desprezo desses populistas pela ciência e pelos especialistas vai custar caro”, disse. A seguir, trechos da conversa com Levitsky.
• Por que populistas como Trump, Bolsonaro e Boris Johnson foram lentos ao reagir à pandemia?
Líderes populistas costumam se eleger atacando o establishment, dizendo ao povo que, uma vez no poder, varrerão a elite. Mas parte dessa elite é formada por especialistas – economistas, cientistas, técnicos, profissionais de saúde, como os que lideram agora o combate ao coronavírus. E a primeira resposta dos populistas à pandemia foi rejeitar os conselhos dos especialistas, recorrendo a pessoas próximas que não são do ramo. Bolsonaro preferiu ouvir conselhos dos filhos. Trump, do genro. Não é por acaso que Trump, Bolsonaro e (Andrés Manuel) López Obrador (presidente do México) demoraram a reagir. Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, é um caso à parte. Embora tenha demorado, ele acabou aceitando os conselhos de especialistas e foi mais rápido em adotar medidas. Mas ficou evidente que a inação inicial deve trazer consequências trágicas, como estamos vendo.
• Se fosse possível formar um ranking, quem levaria a medalha de ouro em performance populista na reação ao coronavírus?
Sem sombra de dúvida, a medalha de ouro vai para Bolsonaro. Ele continua a desdenhar da crise. A maior parte do seu discurso (do dia 24) na TV continha inverdades que refletem um nível de ignorância que vai além da demonstrada por Trump. Vale notar que o desprezo do presidente brasileiro pelas recomendações de especialistas, parte da estratégia populista de rejeitar a elite, não tem precedentes na história recente do País.
• No seu livro, o senhor afirma que parte da estratégia dos populistas é ignorar o respeito mútuo e a tolerância. Numa crise profunda, adotar essa estratégia autoritária tende a levar os populistas ao isolamento?
Situações de emergência nacional exigem cooperação entre o presidente e o Congresso, entre presidente, governadores e prefeitos, e entre governo e oposição. Os populistas costumam fazer de seus oponentes inimigos ferozes, o que dificulta esse tipo de cooperação durante uma crise.
• Essa disputa costuma levar o líder populista ao isolamento?
Normalmente, o populista cria uma espécie de ambiente tóxico na política entre ele e seus oponentes. Isso não torna impossível reunir a classe política para responder a uma crise, mas certamente é mais difícil. Muitas vezes, durante situações do tipo, é comum uma união em torno do presidente. Aparentemente, isso não está acontecendo com Bolsonaro, que parece ser um caso claro de isolamento.
• Tanto Trump quanto Bolsonaro culparam a China pela crise e evitaram adotar medidas drásticas, com medo de afetar a economia. Isso configura uma estratégia política populista?
Não sei se essa reação similar é coincidência ou o quanto Bolsonaro está copiando Trump. Mas não acredito que se trata de um movimento ideológico. Um dos mentores do trumpismo, Steve Bannon, foi defensor de uma resposta de saúde pública mais agressiva. Ou seja, neste aspecto, Bolsonaro agiu de forma diferente da preconizada pelo cérebro do trumpismo. Já Obrador, um populista de esquerda, agiu de forma semelhante à de Bolsonaro, criticando a paralisia da economia. Portanto, não acho que seja uma questão ideológica, e sim uma atitude intuitiva de um político personalista, nacionalista e, mais importante, antielitista. Um político com uma grossa camada narcisística, que acredita que ele mesmo, sozinho, sabe mais que os especialistas.
• A gravidade da crise pode estimular os populistas a acumular mais poder?
É provável que líderes autoritários respondam a essa crise com medidas para ampliar seu poder. Mas não está claro quantos serão bem-sucedidos se começarem a tomar essas medidas. Um político isolado, como Bolsonaro, tentar aproveitar a situação para acumular poder tem menos chance de obter sucesso. O mesmo vale para Trump.
• Mesmo numa situação especial como essa?
Sim. Se um líder não tem confiança do povo durante uma crise, deve evitar criar mais problemas para ele mesmo. É o que estamos começando ver no Brasil. Os brasileiros não estão respondendo bem a esse grande poder que o Bolsonaro tem para lidar com a pandemia.
• Então o temor de que Bolsonaro se aproveite da crise para obter mais poder é exagerado?
Se você imaginar o cenário daqui a seis meses, com a economia em situação mais delicada do que hoje, Bolsonaro provavelmente terá menos apoio do que tinha, o que torna arriscado tentar algum movimento fora do jogo democrático.
• É possível que o pronunciamento de Bolsonaro, no dia 24, tenha sido uma manobra para forçar uma situação que justifique medidas autoritárias?
Na crise em que o Brasil se encontra, não há nenhuma garantia de que Bolsonaro se comportará democraticamente. Precisamos nos preocupar todos os dias com o fato de Bolsonaro tentar quebrar as regras do jogo democrático. O fato de estar perdendo popularidade, e também porque muitos atores da política e da sociedade brasileira se recusam a apoiar uma aventura por parte dele, me leva a crer que, caso tente quebrar a ordem democrática, Bolsonaro fracassará.
• Por que os populistas sempre buscam a polarização, mesmo em uma crise grave como agora?
Líderes populistas tendem a usar a mesma estratégia que funcionou para eles no passado. Se você chegar ao poder como populista, provavelmente continuará usando essa estratégia no poder.
• Você ficou surpreso com o pronunciamento de Bolsonaro, indo na contramão das medidas de isolamento?
O que me impressionou mais foi como ele está copiando Trump. O pronunciamento foi consistente com seu comportamento desde que comecei acompanhar sua trajetória. Fiquei chocado com seu grau de ignorância – e, para ser sincero, não sei se ele é de fato tão ignorante quanto demonstra, como quando afirma acreditar que 90% dos jovens não serão contaminados pelo coronavírus e, portanto, devem voltar às aulas. Mas é arrepiante ver os dois maiores países do hemisfério, Brasil e EUA, governados por presidentes que vivem mentindo, respondendo a essa crise dessa maneira ignorante e irresponsável. Infelizmente, é o custo que temos de pagar por tê-los escolhido. O mundo estará olhando para a eleição presidencial nos EUA deste ano com atenção redobrada.
• Com o impacto do coronavírus na economia, uma derrota de Trump sinalizaria que a onda populista pode murchar?
É o que espero. Tudo que Trump pretende agora é reviver a economia para que possa ganhar a reeleição – é com isso que ele se importa. Não há como prever os efeitos que ocorrerão nos próximos meses. De qualquer forma, a tendência é termos uma eleição muito disputada.
• Mesmo a economia tendo pouco tempo para se recuperar?
Antes do coronavírus, apesar de a economia estar indo bem e Trump tivesse boas chances de se reeleger, é importante lembrar que sua aprovação era de apenas 43%. Ele não é um presidente muito popular, mas tem uma base muito forte. Não sabemos o que vai acontecer com a economia. Mas há projeções que indicam uma forte queda no segundo trimestre, com recuperação ao fim do terceiro trimestre – o que ajudaria Trump. Mas os EUA são vistos como um modelo para o restante do mundo. Se um líder populista for tirado do poder aqui nos EUA, acho que será um duro golpe para o populismo. É o que espero.
• Percepções
“O pronunciamento foi consistente com seu comportamento (de Bolsonaro) desde que comecei a acompanhar sua trajetória. Fiquei chocado com seu grau de ignorância” “Na crise em que o Brasil se encontra, não há nenhuma garantia de que Bolsonaro se comportará democraticamente” Steven Levitsky
CIENTISTA POLÍTICO

NOS JORNAIS

Conheça as armas que o Maranhão está usando contra coronavírus

 
 Rotina de isolamento afeta população em SL
 Solidariedade
 Governo libera R$ 40 bilhões para salários
As apostas da ciência para deter o coronavírus
 Nas favelas, moradores passa fome e começa a sair às ruas
 Setores essenciais aceleram contratações durante a crise
 Plano do Ministério da Saúde prevê escolas fechadas e proibição de eventos

sexta-feira, 27 de março de 2020

NOS JORNAIS

 JP sugere um pacto de comprometimento entre governo e empresários

 Sem renda, 9.500 ambulantes ficam ameaçados na capital 
 77 municípios com casos de suspeitas de Covid-19
 Foco nos vulneráveis
 
 Vírus avança no DF e tem transmissão comunitária
 Explode número de internações por problemas respiratórios, diz Fiocruz
De cada R$ 100 prometidos, só R$ 36 saíram do papel
 Câmara aprova ajuda de R$ 600 para 24 milhões de trabalhadores informais

quinta-feira, 26 de março de 2020

Lambe-lambe - A desolação do brasileiro


NOS JORNAIS

 Ministro do Supremo atende pedido do Maranhão e suspende divida do Estado com a União

 
 Prefeitos querem adiar pagamento de dívidas 
 Decisão é manter população em suas casas
 

 Bolsonaro é ignorado por governadores e se isola mais
 Saúde estima que doença pode custar R$ 410 bi extra ao SUS
Governadores e cientistas rechaçam Bolsonaro; população fica em casa

quarta-feira, 25 de março de 2020

NOS JORNAIS

 Ministro do STF garante autonomia a estados e municípios para agorem contra pandemia do coronavírus

 Parlamentares maranhenses 'pegam onda' no covid-19
 Isolamento social ainda é desrespeitado em São Luís 
 Bolsonaro sugere que população volte às ruas
 Pronunciamento de Bolsonaro deixa país atônito
Na contramão do mundo
 Bolsonaro critica fechamento de escolas e ataca imprensa
 Bolsonaro critica confinamento e quer lojas e escolas abertas
Bolsonaro ignora orientação mundial e critica isolamento e escolas fechadas