segunda-feira, 22 de outubro de 2018

O Estadão - Haddad diz que vai reajustar Bolsa Família e congelar gás

São Luís (MA). O petista Fernando Haddad em campanha

 DIEGO EMIR, ESPECIAL PARA O ESTADO

O candidato Fernando Haddad (PT) prometeu ontem em agenda na periferia de São Luís, no Maranhão, reajustar em 20% o valor do benefício do Bolsa Família em janeiro e estabelecer um teto de R$ 49 para o preço do botijão de gás. Só o aumento do Bolsa Família, segundo ele, teria um impacto de cerca de R$ 5,5 bilhões, que viriam do aumento da arrecadação com impostos.

A despeito das dificuldades do governo para fechar suas contas, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, fez ontem duas promessas que implicam aumento de gastos. A primeira delas é reajustar em 20% o valor do benefício do Bolsa Família, que começaria a valer a partir de janeiro próximo, em caso de eleição do petista. A outra é estabelecer um teto de R$ 49 para o preço do botijão de gás.

As duas promessas foram feitas durante agenda de campanha no bairro Anil, na periferia de São Luís (MA). “As famílias estão sofrendo muito. Quem tem hoje um benefício de R$ 200, vai receber R$ 240”, afirmou o petista. A medida, segundo ele, teria um impacto de cerca de R$ 5,5 bilhões, valor que seria obtido com o aumento da arrecadação de impostos proveniente da reativação da economia.

Sobre o preço do botijão de gás, Haddad disse que “em nenhum lugar do País” o produto custaria mais que R$ 49, ante preços atuais que variam de R$ 80 a R$ 85. Segundo o candidato, a Petrobrás praticaria uma política de preços nas refinarias que permitiria a fixação de um teto para o gás. O petista afirmou que o gás responde hoje por cerca de 4% do faturamento da empresa.

Ao lado do governador Flávio Dino (PCdoB), Haddad declarou que o Nordeste será o responsável pela “grande virada” na disputa eleitoral. “O Nordeste está dando uma resposta. Nós vamos roubar 1 ponto porcentual dele (Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL) por dia e trazer para nós”, disse o candidato do PT.