segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Jovens negras são mais vulneráveis que brancas em quase todo país

    No Maranhão, uma jovem negra tem quase as mesmas chances de ser assassinada que uma negra.  No Brasil apenas no Paraná, as negras são menos vulneráveis nesta escalada de violência contra mulheres. É o que aponta o relatório do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, sobre taxa de homicídios entre mulheres de 15 aos 29 anos, feito pela Secretaria Nacional de Juventude e Unesco.

    No Brasil, segundo o levantamento realizada nas 26 unidades da federação, o Rio Grande do Norte apresenta o índice de vulnerabilidade mais elevado. São 8,11 vezes superiores as chances que uma jovem negra tem de ser morta que uma branca.

    Os dados foram recolhidos junto a 304 municípios brasileiros com população acima de 100 mil habitantes.

    A primeira edição do levantamento foi publicada em 2015. Para a representante interina da Unesco, Marlova Noleto, os dados revelam o genocídios de jovens mulheres negras no Brasil. Nos últimos dois anos o problema se agravou. Foi constatado que em pleo menos 24 unidades da federação os riscos para a população de jovens aumentou.