segunda-feira, 15 de maio de 2017

C.I.M.I. tinha Gamella como extintos até década de 80 do século XX

   
Até 1988, o Conselho Indigenista Missionário, C.I.M.I. reconhecia os povos Gamela como extintos no Maranhão. No total, a população indígena no Estado na década de 80 do século passado não chegava a 12 mil, menos de 5% do número de índios que a colonização européia encontrou em 1612 quando desembarcou na ilha de São Luís. No episódio ocorrido em 1618 liderado pelo governador do estado do Maranhão e Grão-Pará, Bento Maciel Parente, foram assassinados 30 mil índios tupinambá de Alcântara e Cumâ (perto de Guimarães). 

    Na publicação "Povos Indígenas no Maranhão- Exemplo de Resistência", à época única no gênero no estado, segundo apresentação de Carlos Ubialli que divide orelha com o hoje secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves da Conceição. Segundo Francisco, o "CIMI procura resgatar a história das nações indígenas a partir do ponto de vista do próprio índio e da própria história de sofrimento", convidando assim "ao debate".

    De acordo com a publicação eram nove os povos indígenas que habitavam o Maranhão segundo levantamento da época. Eles estariam situados na Pré-Amazônia maranhense e distribuídos em dezesseis áreas indígenas: Guajajara, Tembé, Urubu-Kaapor , Guajá, Canela, Krikati, Gavião, Guarani e Timbira. São listada ainda 18 áreas indígenas, incluindo a reserva biológica dos Guajá e a Lagoa Comprida dos Guajajara.