quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

No PAINEL DO LEITOR da Folha de S. Paulo

Maranhão
Zeca Baleiro tem razão em "Uma notícia está chegando lá do Maranhão" ("Cotidiano", 12/1) ao comparar a situação atual com aquela vivida pela monarquia francesa. Um ano antes da Revolução Francesa houve uma grande nevasca que assolou o país, devastou a agricultura e provocou uma convulsão social por causa da fome. No Brasil, o auge do inverno rigoroso e seco na região Nordeste, previsto para meados deste ano, poderá ser o fator imponderável a influenciar a eleição presidencial.
LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)
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Em "Répteis do Maranhão" ("Ciência", 12/1), Marcelo Leite faz referências sarcásticas e oportunas à onisciente neurociência, cujos arautos aparentemente têm resposta para tudo. Apesar de às vezes útil, ela torna-se uma desconversa quando desqualifica tudo o que há de humano nas ciências humanas. Ao abordar no mesmo contexto a barbárie do Maranhão e o cientificismo, o autor sugere que precisamos de recursos mais humildes para pensar e atuar sobre situações como aquela.
ZENON LOTUFO JR. (São Paulo, SP)
Sistema carcerário
Irretocável o editorial "Prisões para quem?" ("Opinião", ontem). A situação calamitosa do nosso sistema penitenciário, que não está limitada aos horrores vistos em Pedrinhas (MA), precisa de uma reorientação radical. Infelizmente, boa parte do Legislativo e do Judiciário não concorda com tal posição. O endurecimento burro da Lei Penal e o encarceramento em massa ainda são as respostas mais diretas e equivocadas utilizadas para tentar frear o aumento da criminalidade.
AUGUSTO DE ARRUDA BOTELHO, presidente do IDDD - Instituto de Defesa do Direto de Defesa (São Paulo, SP)