quarta-feira, 31 de julho de 2013

CEGINE – mamógrafo digital é único no Maranhão

   
Samira Maluf
    Atendendo à demanda da comunidade, o Centro Especializado de Prevenção de Câncer Ginecológico - CEGINE (Rua Rio Branco, 119 – Centro) reduziu o valor das consultas. Dos R$ 200,00 cobrados anteriormente, o valor a ser pago por quem não tem plano de saúde agora é de R$ 150,00.

    A iniciativa é mais uma medida adotada pelo CEGINE em prol da função social desempenhada pela unidade que tem entre as prioridades o compromisso de garantir o atendimento de qualidade para a comunidade.
    Com vistas ao objetivo, há cinco anos o Centro dispõe de um mamógrafo digital – o único existente no Maranhão, explica a médica ginecologista Samira Maluf Saad Goulart, uma das idealizadoras do CEGINE, e de quem partiu a iniciativa de adquirir o mamógrafo digital. De acordo com a médica, no Nordeste, apenas em Fortaleza se encontra um mamógrafo do tipo.
Nódulo - De alta precisão, o aparelho é capaz de detectar as microcalcificações (acúmulo de cálcio) que podem ser benignas ou indício de câncer. Estudos indicam que em média 70% dos casos de câncer de mama nos estados iniciais surgem como microcalcificações.
    “Apareceu o nódulo, já é câncer. O objetivo é encontrar o câncer antes que ele vire um nódulo”, explica Samira.
    Segundo a médica, além da precisão das imagens o aparelho é capaz ainda de indicar exatamente o ponto em que as microcalcificações se encontram, o que um mamógrafo convencional não consegue fazer. E o melhor: posicionar precisamente nesse ponto uma agulha para servir de guia ao cirurgião, no caso da paciente optar por retirar as calcificações.
    Dados da Sociedade Brasileira de Mastologia apontam para a superioridade da mamografia digital na detecção do câncer de mama em mulheres jovens, mulheres com mamas densas, na fase pré-menopausa ou perimenopausa.
Prevenção – Diz Samira Maluf: “O aparelho “enxerga melhor – com maior profundidade - em mamas densas” (aquelas em que o tecido mamário não se transformou em gordura).
Segundo a médica, em função disso a Agência Nacional de Saúde e os planos de saúde não querem liberar a mamografia digital para mulheres acima de 50 anos. “Acham que toda mulher acima dessa idade tem a mama substituída por gordura”, diz. Para a médica, é um erro.
    Na visão da médica, o uso de anticoncepcionais, o fato das mulheres terem menos filhos atualmente, as mulheres que optaram por não ter filhos sfatores que conservam a densidade das mamas.
    Baseada nessa visão, a médica adotou no CEGINE a prática de cobrar dos planos de saúde o valor da mamografia convencional, mesmo realizando a digital. “A paciente vem aqui com a requisição da mamografia convencional, e nós fazemos a digital. Para o CEGINE, o que interessa é a qualidade do serviço, é a prevenção”, afirma.
Equipe - À frente da administração do CEGINE, Raquel Saad diz que o Centro realiza mensalmente uma média de mil mamografias, das quais cerca de 60% indicadas por médicos de outras unidades de saúde. O número de consultas diárias gira em torno de 140.

Criado em 1991, o CEGINE dispõe de uma equipe formada por 21 profissionais, entre os quais mastologistas (03), sexóloga (01), radiologistas (03), obstetras (04) e especialista em reprodução humana (01).