sexta-feira, 26 de abril de 2013

FUNC vista a mar ou uma página virada do livro de Euclides Moreira neto

    O professor da UFMA, Euclides Moreira Neto, lotado no Departamento do curso de Comunicação Social, dias desses revelou em sala de aula (coisa rara em sua carreira de docente) que estava escrevendo um livro sobre a não realização do carnaval de passarela em 2013. O foco do livro será o prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior, apontado pelo professor como responsável pelo hiato. Os alunos reagiram com muxoxos.
    Uma boa página de livro daria a passagem de Euclides Moreira Neto pela Fundação Municipal de Cultural, FUNC. Aliados com os Frota, o professor protagonizou o maior desmando na história da fundação que teve como gestores o teatrólogo Aldo Leite, o jornalista Luis Pedro, o historiador Ananias Martins e seu antecessor: o decorador Adilson . 
    Em quatro anos da suposta denominada gestão, Euclides Moreira Neto desmontou o Circo da Cidade para satisfazer os caprichos eleitoreiros do ex-prefeito João Castelo e o delirante projeto VLT no aterro do Bacanga; deixou de pagar o aluguel da Morada das Artes, na rua Afonso Pena, desde o início de sua gestão; abandonou o Centro de Arte Japiçu, no Diamante, única escola de artesanato do município; e, com o auxílio luxuoso do IPHAN e da Fundação Municipal do Patrimônio, FUMP, entregou o Teatro Municipal  Cidade de São Luís (antigo Cine Roxy) como uma arapuca montada ao sucessor. Caso continuasse, estava pronto para aditivar a obra que aos cofres públicos custou a bagatela de R$ 1,2 milhão.
    Não bastasse esse rosário de irresponsabilidades, deixou de honrar todos os compromissos com o concurso literário Cidade de São Luís, não pagou dezenas de artistas contratados para eventos como da Feira do Livro, por exemplo, e tantas outras dívidas que somadas superam o orçamento anual da Func para 2013 de R$ 3 milhões.
    Ao sentar na cadeira de presidente da FUNC, Chico Gonçalves mensurou o desastre, mas sem a precisão da realidade. Pouco a pouco lhe foram batendo à porta os descalabros administrativo-financeiros. Convênios de mão única. Muitos destes, na mais ingênua suposição, afanados em conluio com agentes públicos, sem nenhuma prestação de contas. Enfim, irregularidades ad infinitum.
    A mais nova agrura do presidente Francisco Gonçalves será deixar o prédio da Fonte do Ribeirão. Prestes a ruir, como o recém-reformado Teatro Municipal Cidade de São Luís. Ainda em negociação, o novo endereço da FUNC deve ser a avenida Beira-Mar.
    Realmente, a passagem de Euclides Moreira Neto pelo FUNC, usando de uma expressão pobre, daria um livro.