domingo, 30 de setembro de 2012

Plataforma da Vale inclina na Baía de São Marcos

Uma plataforma elevatória na Baía de São Marcos, em São Luís, no Maranhão, que pertence à empresa Eunsung O&C CO, adernou à 0h45 deste domingo, 30. A plataforma é utilizada nas obras de construção do Píer 4 e, segundo a empresa Vale, adernou durante uma manobra. A companhia informou que investiga as causas do acidente. A Vale disse que o episódio não alterou a rotina no Terminal de Ponta da Madeira.
    Em nota, a Vale informou ainda que a plataforma elevatória é utilizada no apoio ao serviço de implantação de estacas. De acordo com a empresa, não houve danos à tripulação nem ao meio ambiente. Segundo o texto, a companhia acionou o “plano de emergência” tão logo foi informada sobre o acidente.
    “A Vale está investigando as causas e analisando o plano de salvatagem do equipamento, tendo comunicado formalmentes autoridades competentes. As operações portuárias do Terminal de Ponta da Madeira estão sendo realizadas normalmente", acrescenta o texto.
    A previsão das autoridades é que o Píer 4 do Terminal de Ponta da Madeira funcione de forma integral no primeiro semestre de 2014. A estimativa é que a expansão permita também o aumento da capacidade das operações de mineração em Carajás, no Pará, ampliando a competitividade da empresa no setor.

Tapar o sol - FERREIRA GULLAR

O julgamento do STF realiza-se à vista de milhões de telespectadores. Não é uma conspiração   
GOSTARIA DE deixar claro que não tenho nada de pessoal contra o ex-presidente Lula, nem nenhum compromisso partidário, eleitoral ou ideológico com ninguém. Digo isso porque, nesta coluna, tenho emitido, com alguma frequência, opiniões críticas sobre a atuação do referido político, o que poderia levar o leitor àquela suposição.
    Não resta dúvida de que tenho sérias restrições ao seu comportamento e especificamente a certas declarações que emite, sem qualquer compromisso com a verdade dos fatos. E, se o faço, é porque o tenho como um líder político importante, capaz de influir no destino do país. Noutras palavras, o que ele diz e faz, pela influência de que desfruta, importa a todos nós.
    E a propósito disso é que me surpreende a facilidade com que faz afirmações que só atendem a sua conveniência, mas sem qualquer compromisso com a verdade. É certo que o faz sabendo que não enganará as pessoas bem informadas, mas sim aquelas que creem cegamente no que ele diga, seja o que for.
    Exemplo disso foi a entrevista que deu a um repórter do "New York Times", quando voltou a afirmar que o mensalão é apenas uma invenção de seus adversários políticos. E vejam bem, ele fez tal afirmação quando o Supremo Tribunal Federal já julgava os acusados nesse processo e já havia condenado vários deles. Afirmar o que afirmou em tais circunstâncias mostra o seu total descompromisso com a verdade e total desrespeito com às instituições do Estado brasileiro.
    Pode alguém admitir que a mais alta corte de Justiça do país aceitaria, como procedentes, acusações que fossem meras invenções de políticos e jornalistas irresponsáveis?
    E mais: os ministros do STF passaram sete anos analisando os autos desse processo, tempo mais que suficiente para avaliá-lo. Afirmar, como faz Lula, que tudo aquilo é mera invenção equivale a dizer, implicitamente, que os ministros do STF são coniventes com uma grande farsa.
    Mas o descompromisso de Lula com os fatos parece não ter limites. Para levar o entrevistador do "NYT" a crer na sua versão, disse que não precisava comprar votos, pois, ao assumir a Presidência, contava com a maioria dos deputados federais.
    Não contava. Os verdadeiros dados são os seguintes: o PT elegera 91 deputados; o PSB, 24,; o PL, 26, o PC do B, 12, num total de 153 deputados. Mesmo com os eleitos por partidos menores, cuja adesão negociava, não alcançava a metade mais um dos membros da Câmara Federal.
    Cabe observar que ele não disse ao jornalista norte-americano que não comprou os deputados porque seria indigno fazê-lo. Disse que não os comprou porque tinha maioria, ou seja, não necessitava comprá-los. Pode-se deduzir, então, que, como na verdade necessitava, os comprou. Não há que se surpreender, Lula é isso mesmo. Sempre o foi, desde sua militância no sindicato. Para ele, não há valores: vale o que o levar ao poder ou o mantiver nele.
    Sucede que, apesar do que diga, ninguém mais duvida de que houve o mensalão. Pior ainda, corre por aí que o Marcos Valério está disposto a pôr a boca no mundo e contar que o verdadeiro chefe da patranha era o Lula mesmo, como, aliás, sempre esteve evidente. E já o procurador-geral da República declarou que, se os dados se confirmarem, o processará. É nessas horas que o Lula falastrão se cala e desaparece. Às vezes, chama Dilma para defendê-lo.
    Desta vez, chamou o Rui Falcão, presidente do PT, para articular o apoio dos líderes da base política do governo. Disso resultou um documento desastroso, que chega ao ponto de acusar o Supremo de perpetrar um golpe de Estado contra a democracia, equivalente aos golpes que derrubaram Vargas e João Goulart. Pode? Vargas e Goulart, como se sabe, foram depostos pela extrema direita com o apoio de militares golpistas.
    O julgamento do STF realiza-se às claras, à vista de milhões de telespectadores. Não é uma conspiração. Ele desempenha as funções que a Constituição lhe atribui. E que golpe é esse contra um político que não está no poder?
    O tal manifesto só causou constrangimento. O governador Eduardo Campos, de Pernambuco, deu a entender que foi forçado a assiná-lo, após rejeitar três versões dele. Enfim, mais um vexame. Só que Lula, nessas horas, não aparece. Manda alguém fazer por ele, seja um manifesto, seja um mensalão.

Da Folha

Manchetes dos jornais

Estado
Itaqui-Bacanga:Pesquisa aponta Edivaldo Holanda Júnior como prefeito de SL
Jornal Pequeno: Assassinatos criam tensão eleitoral no interior do MA
O Estado do MA:Escutec mostra empate entre João Castelo e Holanda Júnior
O Imparcial:Os sinais da crise na construção civil
Região
Jornal do Commercio:Geraldo fica próximo de vitória no primeiro turno
Meio-Norte:PSF - Uma equipe para cada 2.400 pessoas
O Povo:Como o fortalezense escolhe seu vereador
Nacional
Correio Braziliense:Grevistas de aluguel
Estadão:Na reta final, Russomanno já pensa no segundo turno
Estado de Minas:A arte de envelhecer...
Folha:Paulistano rejeita influência religiosa na disputa eleitoral
Globo:Disputa por prefeituras tem 640 candidatos ‘sujos’
Zero Hora:A fórmula para acertar na escolha do vereador

sábado, 29 de setembro de 2012

O bunker do réu José Dirceu - José Bastos Moreno

Nhem nhem nhem
Daqui para frente, entra em cena a verdadeira razão de ser do mensalão: José Dirceu de Oliveira e Silva. Fui conhecer a sua casa de campo, em Vinhedo (SP). É, como diria o colunista Ancelmo Gois, um condomínio de bacanas, de moradores ilustres, entre eles o presidente do PT, Rui Falcão, que, graças a Deus, não estava por lá: Rui detesta jornalista e a possante churrasqueira da casa, presente do empresário Bassi, o das carnes bem cortadas, poderia sugerir e des pertar os instintos mais selvagens do dirigente petista. Ao contrário do que descrevem coleguinhas maldosos, não é tão de mau gosto assim. Tudo bem que chame a atenção, logo na entrada, um enorme símbolo do Corinthians, dando a impressão que estamos entrando na sede campestre do belo Country Club, o de Nova Iguaçu. Lote normal para o tipo de moradia. Jardins exuberantes e sustentáveis — a horta abastece a dispensa da Joana, a cozinheira que acompanha o Zé há quase 20 anos, coitada!

Cardápio
Na outra parte da residência, um modesto galinheiro. Chama a atenção, também, a predominância das galinhas-d’angola, a ave de origem africana que tem o maior número de codinomes, que variam de acordo com as regiões: capote, faraona, cocar e guiná, entre outros. Os frangos e galos são mais conhecidos pelos sons onomatopeicos que produzem: “estou-fraco!”, “estou-fraco!”, “estou-fraco!”. Esse é o coral que deve dar bom dia ao Zé Dirceu, todas as manhãs. E que faz a alegria dos visitantes ávidos para saborear uma carne de ave diferente: todo capote que grita essa palavra de ordem cai, inevitavelmente na panela da dona Joana e vai para a mesa de jantar.

Amigo
Como Zé deixou com a Dilma o labrador “Nego”, agora, embaixo da sua rede, na varanda, mora o vira-lata “Neguinho”.

Obra-prima dos Zés 
O périplo pela casa continua, até chegarmos à sala de jantar Na parede central, um quadro assinado em seis grandes letras: S-A-R-N-E-Y.
Para um leigo como eu, e amigo do artista, de todas as suas criações culturais e políticas, esse quadro é a obra- prima de Sarney, até pela liberdade de interpretação visual que ela permite ao espectador: de perto, você não tem dúvida de que se trata de um belo peixe do Amazonas, um tambaqui, talvez; de longe, a imagem é emocionante: parece um exuberante tuiú do meu amado pantanal, em posição de voo.
Depois dessa tempestade visual, viria certamente a bonança. E o colírio veio com o nome de Joana, a bela filha de José Dirceu com a portuguesa Ângela Saragossa. Não há como ignorá-la. A altura, beleza e postura de modelo ofuscam qualquer interesse jornalístico pela figura do pai.

Manchetes dos jornais

Estado
O Estado do MA:Destruídos 160 mil pés de maconha em Vargem Grande
Região
Jornal do Commercio:Patrulha do Bairro em mais cidades
Meio-Norte:Piauí é 2º em telefonia, mas último em TV paga
O Povo:O mapa do voto
Nacional
Correio Braziliense:Prepare o bolso
Estadão:A pedido de Lula, Dilma fará comício para Haddad
Estado de Minas:No vizinho é mais barato
Folha: Prejuízos no setor aéreo preocupam Presidência
Globo:No caminho da Alemanha - França socialista corta € 30 bi e taxa ricos
Zero Hora:SEC retoma fusão de turmas contra a falta de professore

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Castelo diz no Balanço Geral da TV Cidade que São Luís possui 79 escolas de tempo integral


Sérgio Murilo, no Balanço Geral
    O prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), candidato à reeleição nas eleições deste ano, afirmou em entrevista ao jornalista Sérgio Murilo no programa Balanço Geral (TV Cidade, de propriedade das família Rocha e Vieira da Silva), que no município existem já 79 escolas em tempo integral.
    A resposta de Castelo foi dada à pergunta sobre Educação. Castelo disse que depois de reformar as escolas a educação do município está a mil maravilhas e que o calendário escolas, iniciado em julho deste ano, se estende até janeiro de 2013, com a colaboração dos professores. Ele não citou uma sequer das escolas no regime, mas disse que as crianças vão pela manhã e à tarde retornam às escolas para continuar "seus estudos".
    O candidato achou brincadeira de mau gosto a piada corrente na cidade de que o VLT anunciado para ser concluído até dezembro - segundo ele, também no programa - ligará o terminal ao Kabão. Aos 75 anos, Castelo tem audição seletiva, mas não é justificativa para escamotear a verdade a tal ponto.  


Dá pra acreditar?! - São Luís terá VLT antes de Brasília

Brasília - O Distrito Federal não terá o veículo leve sobre trilhos (VLT) entre as obras concluídas para a Copa de 2014. O projeto foi excluído da Matriz de Responsabilidades por solicitação do governo do Distrito Federal, segundo resolução publicada hoje (28) no Diário Oficial da União.

Antes mesmo da publicação, o governo local admitia não haver mais tempo hábil para que ficasse pronta até a Copa.

Iniciada em 2009, a obra – orçada em R$ 276,9 milhões – está parada desde abril de 2011 pela Justiça do DF devido a suspeita de fraudes durante o processo de licitação, ainda durante o governo de José Roberto Arruda.

O VLT teria uma extensão de 6,5 quilômetros para ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek à Asa Sul. Em seu lugar, deverá ser preparado um corredor de transporte urbano com pistas e viadutos, que darão maior agilidade ao deslocamento das delegações. O custo previsto para o corredor é de R$ 100 milhões.
Do Correio Brasiliense

3º Salão de Artes Plásticas de São Luís encerra domingo,30


Na coluna do Claudio Humberto

PODER SEM PUDOR

O ROSTO DO FUTURO

José Sarney foi à sua cidade natal, Pinheiro (MA), para comemorar seu 50º aniversário. Na praça principal, uma bandeira cobria a obra de arte que o homenagearia. Rufaram os tambores, o locutor anunciou e finalmente a bandeira foi retirada, descobrindo o busto do senador-poeta. O aniversariante ficou desapontado: os olhos arregalados denunciavam o susto diante da expressão envelhecida que o artista atribuiu ao seu rosto de bronze. Refeito, ele sorriu e brincou, vingando-se do escultor:
- Não tem problema. O busto já está pronto para a comemoração do meu centenário...

Manchetes dos jornais

Estado
 Aqui-MA:Malacos em cana

Jornal Extra:Trem fantasma agora vaiu passar entre o posto e o Mercado do Peixe
Jornal Pequeno:Secretário pastor é assassinado com seis tiros durante comício

O Estado do MA:BB, Caixa e Basa voltam a funcionar normalmente
Região
Jornal do Commercio:TV paga tem 30 dias para reduzir queixas
Meio-Norte:Debate acalorado marca reta final da campanha
O Povo:Compra de voto
Nacional
Correio Braziliense:O golpista brasileiro que enganou o mundo
Estadão:STF condena delator do mensalão e vê compra de voto
Estado de Minas:Motoristas novatos são os mais cassados
Folha:Mensalão o julgamento - STF condena Roberto Jefferson
Globo:A hora do mensalão - STF condena aliados do PT por corrupção passiva
Valor:Em nova "cruzada", governo decide cortar tarifas do BB
Zero Hora:Estado tem agosto mais violento em 10 anos

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Manchete do dia - Jornal Extra


Conversa com a presidenta esclarece sobre carros pipas da Caema em São Luís


Operação Carra Pipa no incêndio do Hospital do Ipem
     Nas duas conversas que dois maranhenses mantiveram com a presidenta Dilma Roussef (PT) este ano, numa delas foram expostos problemas na Saúde, área que o governo do estado dá vivas esturrando dinheiro; e em outra, ficou patente a armação dos carros pipas que a Caema adotou em São Luís, em maio de 2012, a propósito de suprir a falta d´água na ilha. Os interlocutores não foram nem Sarney, nem Lobão, nem Roseana, nem Washington, muito menos Edivaldo Holanda Jr.
    Foram o estudante Gildásio Brito,22, e o professor Patrick Cabral da Silva,30, ambos do município de Barra do Corda, participaram da Conversa com a presidente (coluna semanal publicada em jornais desde fevereiro de 2011), através de cartas enviadas pelo jornal O Estado do Maranhão, fundado pelo Senador José Sarney e o poeta maranhense Bandeira Tribuzi, um dos 179 cadastrados no país.
    Gildásio e Patrick formularam perguntas sobre planos para melhoria da saúde pública e ações de combate à seca no Nordeste neste ano de estiagem. “A situação da saúde é muito triste. O que a senhora está planejando para melhorar a saúde pública no Brasil?”, perguntou o estudante ampliando o horizonte de problemas. Na resposta a presidente (a, para os petistas e aliados), fala do aumento no volume de investimento, cita a implantação do programa de atenção domiciliar, o Melhor em Casa; faz referência ao Rede Cegonha de planejamento familiar e atenção à gestantes e infância, e na contenção de desvios dos recursos do programa Saúde não tem preço. São programas ofuscados no estado pelo calendário de entrega de obras de construção de hospitais. Problemas na saúde jamais foram citados pelo candidato do PT a prefeito de São Luís, Washington Oliveira.
    Em resposta ao questionamento do professor Patrick sobre a solução para a falta d´água decorrente da estiagem, a presidente informa que destinou R$ 164 milhões para a Operação Carro Pipa. O dinheiro deveria ser aplicado na mitigação dos efeitos da seca.  Iniciada em São Luís em maio, a operação dos carros pipas com previsão de durar cinco meses, desde início de setembro foi encerrada.  O problema jamais foi citado pelo candidato do PT a prefeito de São Luís, Washington Oliveira.
     Desde quando iniciou a Conversa com a presidenta, em fevereiro do ano passado, somente as duas perguntas foram enviadas à  chefe do Executivo, Dilma Rousseff (PT). Populações de três estados ainda não “conversaram” com a presidenta: Mato Grosso do Sul, Rondônia e Amapá, estado pelo qual o senador José Sarney (PMDB) se reelegeu em 2006.
Perguntas e respostas da presidente aos maranhenses:
Gildásio Brito, 22 anos, estudante em Barra do Corda (publicada em 08.05.2012)– A situação da saúde é muito triste. O que a senhora está planejando para melhorar a saúde pública no Brasil?
Presidenta Dilma – Nós já adotamos várias medidas para a melhoria dos serviços de saúde, Gildásio, e não vamos parar por aí. Desde o ano passado, por exemplo, estamos investindo R$ 550 milhões em cirurgias não urgentes. Implantamos o programa de atenção domiciliar, o Melhor em Casa. Lançamos o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica para avaliar o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e poderemos até dobrar os recursos de custeio para aquelas que cumprirem metas na qualificação do trabalho das equipes de saúde. Criamos a Rede Cegonha, que garante cuidados que vão desde o planejamento da gravidez até o segundo ano de vida da criança. Atualmente 2.731 municípios já iniciaram o processo de adesão com previsão de atendimento de 1,58 milhão de gestantes em todo o país. Lançamos o Programa Nacional de Fortalecimento das Ações de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, que em 2011 realizou 3,9 milhões de exames de mamografia e 11,3 milhões de exames de Papanicolau. Aprimorando a gestão do SUS e adotando medidas de combate ao desperdício, conseguimos triplicar a oferta gratuita de medicamentos para hipertensos e diabéticos pelo programa Saúde Não Tem Preço, e economizar, em 2011, mais de R$ 1,7 bilhão na aquisição de remédios e insumos. São grandes vitórias que demonstram que estamos no caminho certo.
Operação Carro Pipa em caminhao de combustível
Patrick Cabral da Silva, 33 anos, professor em Barra do Corda (publicada em 22.05.2012) – Sou nordestino e nunca tinha visto uma escassez de água como a atual. Que ações o governo está implementando para ajudar a região?
Presidenta Dilma – De fato, Patrick, esta estiagem pode tornar-se uma das mais graves dos últimos 30 anos, afetando mais de mil municípios. Por isso, vamos investir R$ 2,7 bilhões para mitigar os efeitos da estiagem, assim como, antecipar as metas do programa Água para Todos. Instalaremos 32 mil cisternas de consumo, 2,4 mil sistemas simplificados de abastecimento, 1,2 mil barreiros e vamos recuperar 2,4 mil poços. Outros R$ 164 milhões serão destinados à Operação Carro Pipa, para a distribuição de água potável. Os agricultores familiares afetados receberão R$ 680,00, em cinco parcelas, caso estejam cobertos pelo Programa Garantia Safra, ou R$ 400,00 no âmbito do programa Bolsa Estiagem, também em cinco parcelas. Criamos uma linha de crédito facilitado para produtores rurais e agroindustriais de municípios em situação de emergência. Para os pequenos produtores, o limite de crédito varia de R$ 2,5 mil a R$ 12 mil reais, com juros de 1% ao ano. Para os médios e grandes produtores e agroindustriais, o limite de crédito é de R$ 100 mil, com juros de 3,5% ao ano. Continuamos também realizando obras estruturantes na região que, apenas no âmbito do Ministério da Integração Nacional, somam R$ 16 bilhões, de 2007 a 2015. Esses projetos vão garantir a oferta de água de forma mais estável e permitir que os nordestinos tenham cada vez mais condições de conviver com as condições hidrológicas do semiárido.
De onde conversaram com a presidente:
RS,PR,SC,SP,RJ,ES,MG,GO,DF,TO,MT,BA,PE,SE,AL,RN,PB,CE,PI,MA,PA,AM,AC,RR ,Pequim(China),(Xapuri),Miami (Flórida – EUA).
Quem ainda não conversou:
MS,RO,AP.Dos três, só Mato Grosso do Sul possui jornal cadastrado.

Candidato a vereador da coligação "Juntos por São Luís" declara que não pede voto para Washington Oliveira

    Edivaldo Holanda Jr. (PTC) não foi, não justificou o motivo da ausência e nem mandou representante. Mesma postura de João Castelo (PSDB), Tadeu Palácio (PP),  Edinaldo Neves (PRTB) em discutir o turismo em São Luís com o setor produtivo e estratégico da cidade. No encontro dos candidatos com o trade turísticos participaram apenas Haroldo Saboia (PSOL), Marcos Silva (PSTU) e a deputada estadual Eliziane Gama (PPS), que aproveitou o intervalo da sessão para dar uma passada no auditório da Assembleia, local do encontro entre o futuro prefeito da capital e setor turístico, organizado pelo Sindicato das entidades de turismo do Maranhão.
    A plateia se contava nos dedos. Ignorada pelas secretarias de turismo do estado, municipal e pelo próprio trade, o encontro para discutir propostas só não foi completamente estéril pelas intervenções lúcidas de Haroldo Saboia sobre o acúmulo de problemas no setor e as sugestões de criação novas rotas, fortalecimento do destino São Luís a partir das despoluição das praias, etc. 
    Participação surpreendente teve o apresentador do programa de televisão Passaporte, Marcos Davi, candidato a vereador pelo PHS, que provocado por Marcos Silva declarou que não está pedindo votos para Washington Oliveira (PT), vice-governador e candidato a prefeito de São Luís pela coligação "Juntos por São Luís".
     "Não faço parte dessa laia", fulminou Davi.  Segundo afirmou o apresentou do programa exibido em rede nacional, nunca procurou os governos estadual ou municipal para apoiá-lo, mas sempre foi procurado por pessoas ligadas às adminsitração. Daí nasceu sua candidatura. O PHS, partido ao qual o jornalista é filiado, está entre os 14 da arco de aliança em torno da candidatura de Washington Oliveira.
     Davi não é o único dos vereadores que não reza na cartilha de Washington. Siglas como o PSL, do atual presidente da Câmara, vereador Isaías Pereirinha, estão fatiadas entre João Castelo (PSDB) e Washington Oliveira.

Maranhão no Século XXI


Manchetes dos jornais

Estado
Aqui-MA:Entraram pelo buraco
Jornal A Tarde:Aprovação do governo Dilma sobe de 59 para 62%, aponta CNI/Ibope
Jornal Extra:Policiais militar prendem homens tatu cavucando tunel para fuga de presos
Jornal Pequeno:Tropas federais vão atuar na eleição em 29 cidades do MA
O Estado do MA:Tropas federais garantirão pleito em 57 cidades
Região
Jornal do Commercio:Todas as 7.372 opções de emprego na Fiat
Meio-Norte:Último debate do 1º turno acontece hoje
O Povo:Elmano 24%, Roberto Cláudio 19% e Moroni 18%
Nacional
Correio Braziliense:Voo da morte
Estadão:Russomanno tem ‘laranja’ na chefia de plano de governo
Estado de Minas:Brasileiros devem aos bancos R$ 1.042.574.000.000,00
Folha:PF prende chefe do Google por não retirar vídeo do ar
Globo:Crédito turbinado - Juros caem, mas calote não diminui
Valor:"Guerra" aos juros ameaça consumo
Zero Hora:Seis sinais apontam reação da economia

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Lula - Antonio Delfim Netto

     Desde a Constituição de 1988, as instituições vêm se fortalecendo e o poder incumbente tem, com maior ou menor disposição, obedecido aos objetivos nela implícitos: primeiro, a construção de uma República onde todos, inclusive ele, são sujeitos à mesma lei sob o controle do Supremo Tribunal Federal; segundo, a construção de uma sociedade democrática com eleições livres e à prova de fraudes; terceiro, a construção de uma sociedade em que a igualdade de oportunidades deve ser crescente, por meio de um acesso universal e não oneroso de todo cidadão à educação e à saúde, independentemente de sua origem, cor, credo ou renda.
    Vivemos um momento em que se acirram as legítimas disputas para estabelecer a distribuição do poder entre as várias organizações partidárias e que é propício aos excessos verbais, às promessas irresponsáveis e à agressão selvagem.
    Afrouxam-se e liquefazem-se os compromissos com a moralidade pública, revelados no universo da "mídia". Esta também, legitimamente, assume o partido que melhor reflete sua "visão do mundo".
    A situação é, agora, mais crítica porque a campanha eleitoral se processa ao mesmo tempo em que o Supremo Tribunal Federal julga um intrincado processo que envolve o PT e, em breve, vai fazê-lo em outro, da mesma natureza, que envolve o PSDB.
O que alguma mídia parece ignorar é que o uso abusivo do seu poder é corrosivo e ameaçador à necessária e fundamental liberdade de opinião assegurada no artigo 220 da Constituição, onde se afirma que "a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição".
    Primeiro, porque o parágrafo 5º do mesmo dispositivo previne que "os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio". E, segundo, porque no art. 224 a Constituição fecha o ciclo: "Para os efeitos do disposto nesse capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei". Dois dispositivos suficientemente vagos que podem acabar criando problemas muito delicados no futuro.
    Um exemplo daquele abuso é a procura maliciosa de alguns deles de, no calor da disputa eleitoral, tentar destruir, com aleivosias genéricas, a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ignorando o grande avanço social e econômico por ele produzido com a inserção social, o fortalecimento das instituições, a redução das desigualdades e a superação dos constrangimentos externos que sempre prejudicaram o nosso desenvolvimento.

Projeto de lei poderá isentar estagiários e advogados recém-formados de anuidade da OAB

A Câmara Federal analisa o Projeto de Lei 3837/12, do deputado Dr. Grilo (PSL-MG), que isenta estagiários e advogados recém-formados de contribuições para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O projeto altera o Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94).
    No caso dos estagiários, o autor considera a cobrança descabida. “Grande parte dos estudantes tem de se valer de programas como o Fies para conseguir arcar com os custos da graduação, o que demonstra a dificuldade que eles enfrentam para pagar as mensalidades”, afirmou.
    Em relação ao jovem advogado, ele citou problemas ligados à inserção no mercado de trabalho. “Essa dificuldade é reconhecida até mesmo pela OAB”, disse Dr. Grilo, acrescentando que algumas seccionais da OAB, atentas a essa realidade, já vêm oferecendo descontos nas anuidades pagas por estagiários e por advogados recém-formados. “Entendemos, no entanto, que, para aqueles que estão iniciando a vida profissional, o desconto é insuficiente”, finalizou. Por isso, o projeto do parlamentar concede a isenção até um ano e meio depois da formatura.
Tramitação
O projeto será analisado conclusivamente pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Manchetes dos jornais

Estado
O Estado do MA:TJ cassa mandato de Bia e condena-a para prisão
O Imparcial: Culpada- Prefeita Bia Venâncio é condenada a um ano de detenção
Região
Jornal do Commercio:Debate em clima acirrado
Meio-Norte:Hospital fará cirurgias de coração e rim
O Povo:Caixa facilita compra de móveis e eletrodoméstico
Nacional
Correio Braziliense:Senadores dão calote e quem vai pagar é você
Estadão:Dilma diz na ONU que ganho com protecionismo é espúrio
Estado de Minas:Amigos, amigos. Negócios à parte
Folha:Dilma ataca os EUA e diz que defesa da indústria é legítima
Globo:Hora do mensalão – Supremo só terá novo ministro após eleições
Valor:Grandes bancos enfrentam desafio do ajuste de contas
Zero Hora:Avanços na ofensiva pelo juro “civilizado” no cartão de crédito

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Segundo a Escutec, Rosário muda de opinião sobre governo Roseana Sarney em 30 dias

    Não há dúvida que pesquisas em tempo de eleição fazem parte do marketing. Ao eleitor vende-se candidatos melhor posicionado no levantamento, convencido pelo vão sentimento de optar pelo vitorioso. Junto com os números emergem quadros curiosos. É o caso de Rosário, município do Maranhão vizinho à futura refinaria Premium da Petrobras. Em dois levantamentos realizados pelo instituto num intervalo de 30 dias, houve sensível modificação na avaliação do governo Roseana.
    Em agosto a maioria dos 300 entrevistados da amostragem da pesquisa de opinião da Escutec, respondendo ao quesito 9 do questionário, desaprovava a forma de governar da governadora Roseana Sarney (PMDB). Do universo pesquisado, 50,3% desaprovavam o governo, equanto 43,7% diziam estar de acordo com a maneira que Roseana conduz o estado.
     Trinta dias depois  a situação se inverteu. Sem nenhum obra que justificasse a mudança, 52,2% passaram a aprovar o governo Roseana, enquanto que 36,5% disseram desaprovar. Intrigante é o aumento de pessoas que não souberam ou não quiseram receber: passou de 6 para 11,3%. 
    No município em que parte da população teve o nome incluído no cadastro negativo bancários por contrair empréstimos para bancar as fábricas KAO I e II no segundo governo de Roseana (1999-2002). O malogro econômico ficou impregnado na memória rosariense. Galpõe abandonados testemunham o estelionato levado à cabo por coreanos tutelados pelo governo do Maranhão.
    De acordo com o plano de investimento da Petrobras, a refinaria Premium de Bacabeira, avalizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  e pela atual presidente Dilma Roussef no período pré-eleitoral em 2010, tem previsão de entrar em operação em 2019.
 
Confira a pesquisa da Escutec em Rosário:

Pinto exige participação de comissionados na busca por voto a João Castelo

    Licenciado da Câmara Federal desde junho deste ano, o deputado federal Pinto Itamaraty (PSDB) coordena a campanha do prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), à releição. Nos órgãos da administração municipal da capital maranhense o parlamentar se transformou em sinônimo do terror. Principalmente para os comissionados e contratados da máquina municipal.
    Itamaraty tem imposto pessoalmente que todos participem das atividades de campanha e também saem às ruas na caça ao voto para o prefeito tucano. As reclamações se acumulam contra o deputado. Segundo depoimento, o tratamento do deputado para com os funcionários sem concurso não é nada mole. A arrogância do deputado tem repelido boa parte dos funcionários que poderiam até votar no prefeito para manter o emprego.
    A questão, porém, não se resolverá assim tão fácil. Numa eventual reeleição, Castelo terá que varrer boa parte dos pendurados nas folhas de pagamento por determinação da Justiça. Um Termo de Ajustamente de Conduta assinado pela prefeitura com Ministério Público do Estado do Maranhão sustenta temporariamente milhares de comissionados.

As democracias midiáticas - João Pereira Coutinho

O que sucede quando a maioria escolhe mal? Ou escolhe o candidato errado pelos motivos errados?
    O BRASIL não existe para o jornalismo português. Exceto quando nasce um fenômeno midiático.
    Se perguntarem a um português anônimo quem foi Fernando Henrique Cardoso (que passou recentemente por Lisboa, com pompa e circunstância) ou o que significa o julgamento do mensalão, o lusitano terá dificuldades sérias em juntar duas ideias sérias a respeito. "Lula", sim, acende umas luzes, e não apenas gastronômicas. "Dilma", coitada, volta a apagá-las.
    Mas se falarem do palhaço Tiririca, o português anônimo rasga um sorriso de orelha a orelha e completa: "Pior do que está, não fica". Tiririca foi o último grande estadista brasileiro a cruzar o Atlântico.
    Celso Russomanno pode ser o próximo. Leio jornais lusos. Assisto a reportagens da TV nativa. Russomanno está em todo lado, distribuindo beijos e abraços na corrida para a prefeitura de São Paulo. Há um padrão aqui: Tiririca e Russomanno são produtos de fácil exportação porque ambos são produtos da televisão.
    Uma virtude? Longe disso. E os lusitanos deveriam saber, até por experiência própria, que a crise de Portugal também se explica por esse padrão: durante anos, os portugueses não votaram necessariamente nos melhores candidatos. Apenas nos candidatos que tinham maior sucesso midiático. Deu no que deu.
    Esse, aliás, é o problema principal das democracias atuais. A democracia é o pior regime que existe, com a exceção de todos os outros?
    Sem dúvida. Mas existe um outro pensamento de Churchill sobre o assunto que também merece atenção: dizia ele, com típica bonomia, que o melhor argumento contra a democracia estava em falar durante dois minutos com um eleitor regular.
    De fato. Uma cabeça, um voto. Em teoria, essa contabilidade pode ser um bálsamo para a nossa "paixão pela igualdade", para usar a expressão clássica de Alexis de Tocqueville (1805-1859). Mas o que sucede quando a maioria escolhe barbaramente mal? Ou, pior ainda, quando escolhe o candidato errado pelos motivos errados?
    O referido Tocqueville, cem anos antes de Churchill, já tinha alertado para o problema na obra "Da Democracia na América". A "era democrática", escrevia ele em 1835, seria imparável nas sociedades cristãs do Ocidente (sintomaticamente, Tocqueville era omisso sobre outras regiões do globo; um aviso sério para os poetas da Primavera Árabe que babam de lirismo por aí).
    Mas a "era democrática", capaz de conceder a cada indivíduo iguais direitos e deveres, não apresentava apenas virtudes. Tinha perigos óbvios e o maior deles estava precisamente na ideia de que quantidade é qualidade.
    Ou, como escreveu o autor, na crença infantil de que existe "mais inteligência e sabedoria em um certo número de homens unidos do que em um único indivíduo".
    Com notável presciência, Tocqueville alertava para as "tiranias da maioria" e aconselhava alguns freios para evitar os seus excessos -descentralização política, liberdade de imprensa, reforço do associativismo, separação de poderes etc.
    O que Tocqueville não poderia antever no século 19 era a emergência de um novo tipo de regime democrático no século 21: a democracia midiática, esse sistema que premia os talentos superficiais de um indivíduo (imagem de plástico, discurso populista, sentimentalismo postiço) e ignora as qualidades fundamentais de um líder (coragem, experiência, competência, temperança).
    Eis a suprema ironia: a mídia assume-se como o "quarto poder", destinado a vigiar e a denunciar os abusos de todos os outros. Mas a própria mídia serve de instrumento, voluntário ou involuntário, para dar luz e palco a personagens que jamais seriam eleitas por suas exclusivas habilitações.
    O resultado dessa perversidade é que cresce cada vez mais o abismo entre políticos que merecem ganhar eleições (independentemente da imagem) e políticos que podem ganhar eleições (independentemente da competência). A democracia midiática premia os segundos e ignora os primeiros.
    Hoje, o obeso Churchill e o paralítico Roosevelt seriam ofuscados por um palhaço qualquer. Azar o deles?
    Não. Azar o nosso, leitor. Quem elege palhaços, acaba vivendo num circo.

Na coluna do Claudio Humberto

A revanche
A turma que azucrinou a vida de Ana de Hollanda no PT e em outros grupos de esquerda volta com todo o gás. Entregaram à nova ministra Marta Suplicy uma carta assinada por diferentes movimentos sociais da cultura. Nela, diz que a posse de Marta significa "a possibilidade de recuperar a grandeza e a relevância na ação do Ministério da Cultura.’

Sobrou para a Ana
A missiva diz que a gestão de Ana de Hollanda "foi marcada por ausência de diálogo, interrupção de políticas públicas, omissão frente aos grandes temas e conservadorismo político.”
E ainda: "O Ministério da Cultura que queremos precisa ter as portas abertas, ser republicano, posicionando a cultura acima de interesses partidários, armadilhas tecnocráticas ou lobbies (muitos oriundos do próprio mundo da cultura) que tentam minar a ação pública.”

Sobrou para o Rio
A carta fala em "desprovincianizar a Funarte, mudando a sede do Rio para Brasília, dando a ela caráter nacional, plural, e capaz de desenvolver políticas fundamentais nas áreas de música, artes visuais, cênicas”.
É. Pode ser.

Vem aí o bloco do Mensalão

Após ser retratado como herói nas redes sociais, o ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão, vai virar personagem do carnaval. Uma fábrica de São Gonçalo já começou a produzir máscaras com o rosto do ministro, e aposta que elas estarão entre as mais cobiçadas pelos foliões.
De O Globo

Manchetes dos jornais

Estado
Aqui-Ma:Bala pra todo lado
Jornal A Tarde:Ministro e Roseana inauguram agência da Codevasf
Jornal Extra:Exata mostra Edivaldo Holanda cafungando no cangote de Castelo
Jornal Pequeno:Preso o corretor Elias, acusado de mandar matar empresário Marggion
O Estado do MA:MP denuncia nove por formar cartel em venda de combustívelO Imparcial:Nove são indiciados no cartel da venda de combustível
Região
Jornal do Commercio:Carro usado mais barato
Meio-Norte:Chineses invadem comércio em PicosO Povo:Medo e tensão entre professores e alunosNacional
Correio Braziliense:Renúncia abre crise ética na Esplanada
Estadão:Insatisfeito, presidente da Comissão de Ética renuncia
Estado de Minas:UFMG, quem diria, procura alunos para medicina
Folha:Mensalão o julgamento - Presidente do antigo PL é condenado por revisor
Globo:Sob pressão - Juro do cartão cai à metade no Bradesco
Valor:País mantém dependência do comércio com a ChinaZero Hora:Pressão em redes sociais barra projeto que amplia uso de agrotóxicos no RS

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

VEJA - Entrevista Ferreira Gullar

Uma visão crítica das coisas
O poeta diz que o socielismo não faz mais sentido, recusa o rótulo de direitista e ataca: "Quando ser de esquerda dava dinheiro, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é"

Pedro Dias Leite
Um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos, Ferreira Gullar, 82 anos, foi militante do Partido Comunista Brasileiro e, exilado pela ditadura militar, viveu na União Soviética, no Chile e na Argentina. Desiludiu-se do socialismo em todas as suas formas e hoje acha o capitalismo "invencível". E autor de versos clássicos — "À vida falta uma parte / — seria o lado de fora — / para que se visse passar / ao mesmo tempo que passa /. e no final fosse apenas / um tempo de que se acorda / não um sono sem resposta. / À vida falta uma porta". Gullar teve dois filhos afligidos pela esquizofrenia. Um deles morreu. O poeta narra o drama familiar e faz a defesa da internação em hospitais psiquiátricos dos doentes em fase aguda. Sobre seu ofício, diz: "Tem de haver espanto, não se faz poesia a frio".
0 senhor já disse que "se bacharelou em subversão" em Moscou e escreveu um poema em que a moça era "quase tão bonita quanto a revolução cubana". Como se deu sua desilusão com a utopia comunista?
Não houve nenhum fato determinado. Nenhuma decepção específica. Foi uma questão de reflexão, de experiência de vida, de as coisas irem acontecendo, não só comigo, mas no contexto internacional. É fato que as coisas mudaram. O socialismo fracassou. Quando o Muro de Berlim caiu, minha visão já era bastante crítica. A derrocada do socialismo não se deu ao cabo de alguma grande guerra. O fracasso do sistema foi interno. Voltei a Moscou há alguns anos. O túmulo do Lenin está ali na Praça Vermelha, mas pelo resto da cidade só se veem anúncios da Coca-Cola. Não tenho dúvida nenhuma de que o socialismo acabou, só alguns malucos insistem no contrário. Se o socialismo entrou em colapso quando ainda tinha a União Soviética como segunda força econômica e militar do mundo, não vai ser agora que esse sistema vai vencer.
Por que o capitalismo venceu?
O capitalismo do século XIX era realmente uma coisa abominável, com um nível de exploração inaceitável. As pessoas com espírito de solidariedade e com sentimento de justiça se revoltaram contra aquilo. O Manifesto Comunista, de Marx, em 1848, e o movimento que se seguiu tiveram um papel importante para mudar a sociedade. A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a relação capital-trabalho. O que está errado é achar, como Marx diz, que quem produza riqueza é o trabalhador e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas. A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista. Mas é um equívoco concluir que a derrocada do socialismo seja a prova de que o capitalismo é inteiramente bom. O capitalismo é a expressão do egoísmo, da voracidade humana, da ganância. O ser humano é isso, com raras exceções.
O capitalismo é forte porque é instintivo. O socialismo foi um sonho maravilhoso, uma realidade inventada que tinha como objetivo criar uma sociedade melhor. O capitalismo não é uma teoria. Ele nasceu da necessidade real da sociedade e dos instintos do ser humano. Por isso ele é invencível. A força que toma o capitalismo invencível vem dessa origem natural indiscutível. Agora mesmo, enquanto falamos, há milhões de pessoas inventando maneiras novas de ganhar dinheiro. É óbvio que um governo central com seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem cabimento.
0 senhor se considera um direitista?
Eu, de direita? Era só o que faltava.A questão é muito clara. Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é. Pensar isso a meu respeito não é honesto. Porque o que estou dizendo é que o socialismo acabou, estabeleceu ditaduras, não criou democracia em lugar algum e matou gente em quantidade. Isso tudo é verdade. Não estou inventando.
E Cuba?
Não posso defender um regime sob o qual eu não gostaria de viver. Não posso admirar um país do qual eu não possa sair na hora que quiser. Não dá para defender um regime em que não se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo. Apesar disso, há uma porção de intelectuais brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhum. É difícil para as pessoas reconhecer que estavam erradas, que passaram a vida toda pregando uma coisa que nunca deu certo.
Como o senhor define sua visão política?
Não acho que o capitalismo seja justo.
O capitalismo é uma fatalidade, não tem saída. Ele produz desigualdade e exploração. A natureza é injusta. A justiça é uma invenção humana. Um nasce inteligente e o outro burro. Um nasce inteligente, o outro aleijado. Quem quer corrigir essa injustiça somos nós. A capacidade criativa do capitalismo é fundamental para a sociedade se desenvolver, para a solução da desigualdade, porque é só a produção da riqueza que resolve isso. A função do estado é impedir que o capitalismo leve a exploração ao nível que ele quer levar.
Qual a sua visão do governo Dilma Roussef?
Dilma é uma mulher honesta, não rouba, não tem a característica da demagogia. Mas ela foi posta no poder pelo Lula. Assim, não tem autoridade moral para dizer não a ele. Nesse aspecto, é prisioneira dele.
Como o senhor avalia a perspectiva de condenação dos réus do mensalão?
O julgamento não vai alterar o curso da história brasileira de uma hora para a outra. Mas o que o Supremo está fazendo é muito importante. É uma coisa altamente positiva para a sociedade. Punir corruptos, pessoas que se aproveitaram de posições dentro do governo, é uma chama de esperança.

O senhor se identifica com algum partido político atual?
Eu fui do Partido Comunista, mas era moderado. Nunca defendi a luta armada. A luta armada só ajudou mesmo a justificar a ação da linha dura militar, que queria aniquilar seus oponentes. Quando fui preso, em 1968, fui classificado como prisioneiro de guerra. O argumento dos militares era, e é, irrespondível: quem pega em armas quer matar, então deve estar preparado para morrer.
O senhor condena quem pegou em armas para lutar contra o regime militar?
Quem aderiu à luta armada foram pessoas generosas, íntegras, tanto que algumas sacrificaram sua vida. Mas por um equívoco. Você tem de ter uma visão critica das coisas, não pode ficar eternamente se deixando levar por revolta, por ressentimentos. A melhor coisa para o inimigo é o outro perder a cabeça. Lutar contra quem está lúcido é mais difícil do que lutar contra um desvairado.
Como se justifica sua defesa da internação o tratamento da esquizofrenia?
As pessoas usam a palavra manicômio para desmoralizar os hospitais psiquiátricos. Internei meu filho em hospitais que têm piscina, salão de jogos, biblioteca. Mesmo os públicos não têm mais a camisa de força ou sala com grades. Tive dois filhos esquizofrênicos. Um morreu, o outro está vivo, mas não tem mais o problema no mesmo grau. Controlou com remédio, e a idade também ajuda. A esquizofrenia surge na adolescência e se junta à impetuosidade. Com o tempo, a pessoa vai amadurecendo. Doença é doença, não é a gente. Se estou gripado, a gripe não sou eu. A esquizofrenia é uma doença, mas eu não sou a esquizofrenia. Posso evoluir, me tornar uma pessoa mais madura, debaixo de toda aquela confusão. O esquizofrênico com 50 anos não é o mesmo de quando tinha 17.
Qual o pior momento na sua convivência com filhos esquizofrênicos?
Quando a pessoa entra em surto, ela pode se jogar pela janela. Meu filho, o Paulo, se jogou. Hoje ele anda mancando porque sofreu uma lesão na coluna. Ele conversava comigo, via televisão, brincava, lia meus poemas. Em surto, não tinha controle. Queria estrangular a empregada. Nessas horas, a única maneira é internar e medicar. Nesse estado, sem nenhum socorro, o esquizofrênico pode fazer qualquer coisa.
A família pobre faz o quê, se não tem mais onde internar?
Se mantiver a pessoa em casa, ela poderá tocar fogo em tudo, pegar uma faca e tentar assassinar o pai. Poderá fugir para a rua, desvairada. Essa política contra os hospitais psiquiátricos tem como resultado prático uma tragédia em que os ricos internam seus filhos em clínicas particulares e os pobres morrem na rua. Quando ouço alguém dizer que as famílias internam os filhos porque querem se ver livres deles, só posso pensar que essa pessoa gosta dos meus filhos mais do que eu. Nunca viu meu filho, mas ama meu filho mais do que eu. Absurdo. Você não sabe o que é uma família ter um filho esquizofrênico. Além do problema do tratamento, existe o desespero de não saber o que fazer. Os hospitais psiquiátricos continuam a existir porque os médicos sabem que não há outra saída. Não se interna um doente para que ele fique vinte anos lá dentro, mas sim três dias, três meses. Meus filhos nunca ficaram internados além do tempo necessário. Eles voltavam para casa normais. Era uma alegria. Nenhuma família quer ter seu filho preso.
Como foi a primeira vez que se defrontou com a doença?
O primeiro surto do Paulo foi no exílio, em Buenos Aires. Um dia, no apartamento, a gente estava brincando, a bola desceu pela escada, ele saiu para pegá-la e não voltou. Desci, ele tinha sumido. Em que direção eu ando? Voltei para casa e fiquei chorando, não sabia o que fazer. Paulo ficou meses sumido. Isso foi em 1974, logo que cheguei a Buenos Aires. Terminei encontrando-o preso. No desvario, ele tentou roubar um carro — não sabia nem dirigir — e foi preso. Fez greve de fome. Estava esquelético.
O policial disse que era preciso uma ordem para soltá-lo, porque era menor. Mas deixou que eu levasse meu filho, porque sabia que ele estava doente. Levei o Paulo para casa. Ele entrou e começou a arrebentar a janela. Morávamos no 5o andar. Ele foi internado. Até o dia em que, esperto como é, sumiu do hospital, para sempre. Foi encontrado em São Paulo. Saiu de Buenos Aires sem um tostão, com a roupa do corpo. Esses episódios não têm fim.
Como é seu método para fazer poesia?
Já fiquei doze anos sem publicar um livro. Meu último saiu há onze anos. Poesia não nasce pela vontade da gente, ela nasce do espanto, alguma coisa da vida que eu vejo e que não sabia. Só escrevo assim. Estou na praia, lembro do meu filho que morreu. Ele via aquele mar, aquela paisagem. Hoje estou vendo por ele. Aí começo um poema... Os mortos veem o mundo pelos olhos dos vivos. Não dá para escrever um poema sobre qualquer coisa.
O mundo aparentemente está explicado, mas não está. Viver em um mundo sem explicação alguma ia deixar todo mundo louco. Mas nenhuma explicação explica tudo, nem poderia. Então de vez em quando o não explicado se revela, e é isso que faz nascer a poesia. Só aquilo que não se sabe pode ser poesia.
A idade é uma aliada ou uma inimiga do poeta?
Com o avanço da idade, diminuem a vontade e a inspiração. A gente passa a se espantar menos. Tem poeta que não se espanta mais, mas insiste em continuar escrevendo, não quer se dar por vencido. Então ele começa a escrever bobagens ou coisas sem a mesma qualidade das que produzia antes. Saber fazer ele sabe, mas é só técnica, falta alguma coisa. Não se faz poesia a frio. Isso não vai acontecer comigo. Sem o espanto, eu não faço. Escrever só para fazer de conta, não faço. Eu vou morrer. O poeta que tem dentro de mim também. Tudo acaba um dia. Quando o poeta dentro de mim morrer, não escrevo mais. Não vou forçar a barra. Isso não vai acontecer. Toda vez que publico um livro, a sensação que tenho é de que aquele é o definitivo. Escrever um poema para mim é uma grande felicidade. Se não acontecer, não aconteceu.

Museu de tudo: São José de Ribamar nos anos 50


Calendário Eleitoral - 24 de setembro


  1. Último dia para os partidos políticos, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público impugnarem os programas a serem utilizados nas eleições de 2012, por meio de petição fundamentada, observada a data de encerramento da Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas (Lei nº 9.504/1997, art. 66, § 3º).

Pepê Júnior puxa vaia para Roseana embalado pelo axé pago pela Marafolia

    O vocalista de axé Pepê Júnior foi o maestro da vaia que a governadora Roseana Sarney (PMDB) recebeu na noite de sábado do público de cerca de 30 mil pessoas (no chute, já que a PM nunca calcula) que foi à Lagoa da Jansen para a programação de aniversário dos 400 anos de São Luís organizado pelo governo do estado.
    Queridinho da ala jovem vip ilhéu, o músico foi eleito pela Marafolia - empresa que assume outros CNPJ com a denominação de Central de evento, conforme as circunstâncias oficiais ou oficiosas - para ocupar o espaço entre os shows da cantora Rita Beneditto e a dupla Zezé de Camargo e Luciano. Logo de cara mostrou sua alienação do sentido da festa. À maioria das senhoras, crianças acompanhadas de familiares, Pepê Júnior anunciou que iria botar para fuder. Assim mesmo, da mesma forma que canta letras de  axé de forma mecânica.
    Fosse no VMB, prêmio da MTV, até que o aviso de Pepê teria algum sentido. Mas, para um público que acorreu ao local para assistir à dupla sertaneja - pelo menos grande maioria, foi de um despautério sem dó.
    Ao longo de sua apresentação xarope, ressalte-se que apreciada por parte da platéia presente, Pepê Júnior soltou outras mais de seu repertório conectado com modismos, como a participação de cover de empreguetes. Assim, caminha São Luís no presente, orgulhosa de seu passado athenas brasileira.

Manchetes dos jornais

Estado
Aqui-Ma:Tubarão na série C
O Estado do MA:Sampaio na Série C
O Imparcial:Redenção tricolor
Região
Jornal do Commercio:Pênalti salva o Leão
Meio-Norte:3 motos se chocam e 10 morrem no trânsito
O Povo:Delegacias soperlotadas
Nacional
Correio Braziliense:30.899 - Esse é total de vagas abertas em concursos no Brasil
Estadão:Na ONU, Dilma voltará a atacar ‘tsunami monetário’
Estado de Minas:Noite acelerada
Folha:Universidades têm verba de R$ 1 bi parada no BNDES
Globo:Receita quebra 80 mil sigilos e recupera R$ 56 bilhões
Valor:Projetos de investimento no NE acumulam atrasos
Zero Hora:Estado terá sistema de avaliação

domingo, 23 de setembro de 2012

Decisão do TRE-SP fará Mirante rever proposta de debate entre candidatos em São Luís

Levy ganha direito de participar de debate da Globo

O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Levy Fidelix, ganhou o direito de participar do debate da TV Globo, previsto para o dia 4 de outubro. A decisão foi dada hoje pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por 5 votos a 1.
A emissora pretendia realizar o debate apenas com os seis candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto. A legislação eleitoral prevê que candidatos de partidos com representação na Câmara dos Deputados têm o direito de participar dos encontros em TVs abertas, que são concessões públicas. A emissora tentou um acordo com os postulantes para fazer o evento com um número menor de candidatos.

Na coluna da Julia Duailibe - Estadão

Lambe-lambe: Grafite com assinatura dos regueiros guerreiros


Ferreira Gullar participa de festival em Tiradentes (MG)

    O poeta maranhense Ferreira Gullar pega uma estrada para participar do Festival Artes Vertentes, que se encerra neste fim de semana em Tirandentes (MG). Por não andar de avião, Gullar teve que fazer o percurso de 340 quilômetros com previsão de 5 horas, cortando três BRs. Homenageado pela Feira do Livro de São Luís, Gullar disse que não poderia estar presente por não andar de avião. A distância entre São Luís e a residência do poeta é de pouco mais de 3 mil quilômetros.
    O festival este ano promove um diálogo entre a música e a literatura. A participação de Gullar foi em um sarau às 17 horas de sábado no Largo do Sol. O poeta amazonense Thuago de Mello se apresentou na sexta-feira na Igreja de São Francisco. No domingo será a escritora Adélia Prado será poemas acompanhada pela Orquestra de Câmara de Sesiminas.