terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Fróes em Santa Helena descendem historicamente da oligarquia Sarney


    Criado em 1935, o município de Santa Helena, na baixada ocidental maranhense, chegou ao século XXI com pouco mais de 35 mil habitantes. Pouco mais de 23 mil estava apto a participar das eleições em outubro deste ano.
    Até 31 de dezembro deste ano, a prefeita da cidade é Helena Pavão (PTB), mulher o conselheiro de contas do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, Jorge Pavão, ex-deputado estadual. Para um segundo mandato a mulher do conselheiro, integrante do colegiado que julga contas dos gestores municipais, foi eleita com 8.065 votos, correspondendo a 49,82% dos votos válidos. Os Pavão são aliados dos Sarney no estado. É um caso típico do atípico cenário político maranhense.
 
     No município, a presença da oligarquia Sarney não tem nada de latente. Está em nomes de ruas, de escolas e outros logradouros. Tamanha reverência produziu grupos satélites de sustentação da oligarquia no município, além dos Pavão. Os Fróes são  subproduto desse regime perpetuado no estado há cinco décadas.

 
    Em Queimadas, por exemplo, povoado localizado na zona urbana do município, os Sarney perdem feio para os Fróes. De tão intensa, a onipresença da família desenha cenários surreais como a denominação de praça a um lugar ermo que nem remotamente lembra o traçado urbano típico do logradouro.
    Na política os Fróes enfrentam refluxo. Nas eleições deste ano Zeca Froes concorreu a uma vaga na Câmara Municipal de Santa Helena. Com 99 votos conquistados ficou na suplência. Em 2004, Antonio Torres Fróes conquistou uma vaga na Câmara pelo PFL com 825 votos. Em 2008 os Fróes ficaram de fora da relação de eleitos.