terça-feira, 6 de novembro de 2012

Obras do governo em Junco do Maranhão adensam atraso no menor município do Estado

Ilustração do "plano jamais visto na história do Maranhão": ganhou cores
    Eleito com 118 votos a mais que o segundo colocado, Aldir Cunha (PR) caminha para herdar ao menos dois problemas administrativos.  Com atraso de um ano, o hospital do programa Saúde é vida, do governo do estado, em  Junco do Maranhão, está com as paredes pintadas, mas ainda carente de obras de finalização para ser inaugurado. Pelo programa, as unidades de saúde construídas com recursos dos governos estadual e federal são entregues às prefeituras. Daí em diante ficam os prefeitos responsáveis pela gestão do hospital. Não há data de entrega do hospital na agenda da Secretaria de Estado de Saúde.
    Quase colado ao muro da unidade de saúde, o governo do estado desde 2011 liberou recursos para construção de uma quadra poliesportiva. O convênio 033/2011, no valor de R$ 262 mil, com prazo de 120 dias foi firmado com a Construtora Madry Ltda. Sem cronograma estabelecido pela Secretaria de Estado de Infra-estrutura, a obra segue o ritmo do lugar, cuja maior velocidade é registrada pelos veículos que trafegam na BR-316.  Não admira de que façam parte do relatório de realizações de 2011/2012 do governo do Estado.
 
Quadra ao lado do hospital do programa Saúde é Vida: só a placa
    Município com a menor população do estado - 4.020 habitantes, segundo Censo Populacional do IBGE de 2010 -, Lago do Junco no passado recente contou com uma casa de saúde de porte semelhante. Conveniado com o SUS, o estabelecimento se transformou em um prédio abandonado que serve de garagem e oficina mecânica.
Um esqueleto da história da saúde em Junco do Maranhão
     Além do atraso nas obras construídas pelo estado, o prefeito deve enfrentar problemas maiores com o Programa Minha Casa, Minha Vida quando as chuvas se intensificarem na região. Eleito com a colaboração do prefeito Mazinho (PRB), que encerra o mandato em 31 de dezembro, Cunha não tem como interferir no andamento da construção das unidades habitacionais localizadas em área inadequada, ao lado de uma barreira às margens da BR-316. Sem instalações de abastecimento de água acessível, quase na fronteira do município com Maracaçumé, as disposição das casas lembram um amontoado das ocupações, seguindo um traçado de ruas incomprensível.  São parte da  parte da herança que Cunha assumirá em 1º de janeiro. 
"Minha Casa, Minha Vida" em risco