domingo, 22 de abril de 2012

Prefeitura de São Luís patrocinou fracasso do MOA

    Algo em torno de 53,7  milhões de resultados sobre o Metal Open Air podem ser acessado em qualquer busca na internet. A maioria absolutamente é de notícia negativa sobre o evento realizado em São Luís do Maranhão até este domingo. Mancham a imagem da cidade que este ano completa 400 anos. Aliás, o festival está selado como parte das comemorações. Ganhou o selo com o aval do prefeito João Castelo (PSDB) que sentou com os organizadores (sic) para discutir patrocínio e a concessão do selo.
    Deu dinheiro, pois como programação preliminar do evento do MOA, a prefeitura pagou a banda Hail! que se apresentou na Praça Maria Aragão de graça para os roqueiros locais.
    Antes disso, o secretário municipal de Turismo, Liviomar Macatrão (ex-dono de uma agência de viagem) , reuniu o trade e a imprensa aliada para apresentar o maio0r festival de heavy metal da América Latina.  No café com o trade foram apresentados o projeto e uma maquete do que seria o mega festival do ritmo com pouca expressão na cidade.
    Tanto desconhecia a dimensão e natureza do evento que o secretário destacou o boi Brilho da Ilha para recepcionou os roqueiros, uma piada sizuda. Metaleiro é sectário até dizer chega, mas o secretário não sabe disso.
    Deixemos de lado a irresponsabilidade dos organizadores que deve ser punida exemplarmente para sanear a sujeira que se abateu sobre a cidade em âmbito mundial (na internet são mais 48 páginas sobre o MOA, parte delas em inglês, francês e espanhol).
    Liviomar Macatrão imagina colher dividendos com o evento.  Egresso do setor não cuidou de sua parte como gestor. Afinal, não custava nada fazer uma campanha do festival nos locais por onde divulga o São João, para que patrocinadores sensíveis e com visão estudassem a possibilidade de parceria.
    Coisas pequenas, mas extremamente funcionais, como colocação de placas indicativas do evento que o próprio gestor da Setur sabia atrair turistas do país inteiro. A convicção do sucesso antecipado do evento levou o prefeitura a distribuir reportagem, publicada com força de verdade em nossos jornais, sobre a ocupação quase integral do setor hoteleiro.  
Macatrão dispensou as entidades que representam o setor, como a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira,ABIH-MA, para corroborar seu arroubo.
   São erros e erros que se enfileiram em flagrante amadorismo. Pior para gente. O legado de Natanael Júnior, o produtor local do evento, pode ser dividido com o secretário de comunicação do município. Na primeira noite do festival, o secretário Edwin Jinkings, notoriamente bêbado, mijavasem cerimônia próximo a uma torre de som próximo ao palco há poucos metros da bateria de banheiros sanitários que devem ter sido pagos pela prefeitura com o dinheiro do contribuinte. Se achava, tão dono do evento quanto Nathanael Júnior.