quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Primeira mulher piloto do Maranhão recebe brevê em fevereiro

O Aeroclube do Maranhão forma, no próximo mês de fevereiro, a primeira mulher maranhense piloto – a jovem Joseana Sousa (foto), 25 anos. Natural de São Domingos do Maranhão, Joseana está em fase de conclusão do curso prático de Piloto Privado. Das 40 horas de vôo exigidas, já voou cerca de 30 no comando da aeronave AEROBOERO AB115, do Aeroclube. Após a conclusão dessa etapa, a aluna passará por uma avaliação com um checador (avaliador) para então receber o brevê que a habilitará a pilotar aeronave monomotora privada.
Segundo a jovem, essa é apenas mais uma etapa para a realização do sonho maior - o de pilotar aeronaves comerciais. Para isso, ela inicia na próxima segunda-feira, 09, no Aeroclube do Maranhão (BR 135, km 01) o curso de Piloto Comercial. Seu objetivo é pilotar na companhia aérea onde é comissária de vôo desde 2010, trabalho que escolheu fazer para custear o curso de Piloto.
O início de tudo foi  há oito anos, em São Domingos do Maranhão, cidade onde nasceu e onde morava com o pai – a mãe havia morrido há dois anos. Na ocasião, o pai, que é agricultor, trabalhava na campanha política de um candidato que chegou à cidade de avião. Foi o primeiro contato da moça com um avião.
COMISSÁRIA DE VOO - De família pobre, trabalhando como vendedora e sem condições financeiras de pagar as horas de vôo de um curso de Piloto, em 2007 decidiu fazer o curso de comissária de vôo, com salário lhe permitiu o custeio das aulas. Dois anos depois foi chamada para trabalhar na TAM.  Decidiu fazer o curso no Aeroclube do Maranhão, onde já havia feito o curso teórico em 2009. “Quis tirar o brevê em São Luis”, afirma.
A aspirante a piloto garante que nunca teve medo de voar. Para ela, “cada vôo é único, diferente”, diz, lembrando o primeiro vôo no comando, quando sobrevoou um cratera vulcânica em Poços de Caldas. “Não consegui nem prestar muita atenção nos controles”.
COMANDANTE - Determinada, a jovem quer ser co-piloto na TAM, e depois comandante.  Para isso, precisa passar três anos como piloto comercial, mais um ano como piloto internacional. “Nesse momento o mercado está muito aquecido. São carreiras promissoras. Só tem que ter convicção que é isso mesmo que se deseja, porque abrimos mão de muitas coisas aqui na terra para viver nos ares”, avalia.